A PNATER COMO MECANISMO DE JUSTIÇA SOCIAL PARA A AGRICULTURA FAMILIAR

Autores

  • Cleiton Silva Ferreira Milagres Universidade Federal do Tocantins
  • Alex Pizzio Universidade Federal do Tocantins
  • Diego Neves de Sousa Embrapa Pesca e Aquicultura
  • Waldecy Rodrigues Universidade Federal do Tocantins
  • Airton Cardoso Cançado Universidade Federal do Tocantins

Palavras-chave:

ATER, agroecologia, desenvolvimento rural, políticas públicas, diagnóstico rural participativo

Resumo

Este artigo tem por objetivo debater as questões atinentes entre a prática da intervenção social e o discurso que envolve o uso de técnicas participativas como forma de promover a agroecologia e reconhecer os agricultores familiares como atores centrais da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER). O conceito de participação vem-se consolidando no campo de estudos dos métodos, em que se constitui como instrumento significativo – utilizado nos processos de intervenção –, que visa a  mudança social e auxilia a tomada de decisão dos públicos envolvidos nas ações de desenvolvimento rural. Metodologicamente, o artigo foi elaborado com base em revisão bibliográfica e na percepção dos autores durante as discussões que envolveram a equipe de trabalho de campo, do Núcleo de Desenvolvimento Territorial (NEDET). Na análise dos dados, recorremos à teoria da justiça social de Nancy Fraser e seu princípio de paridade participativa. Entre os resultados, postula-se que associar o conceito de participação ao exercício da ideia de justiça social pode incomodar os profissionais “românticos”, que veem no uso das técnicas participativas a solução para validar o processo político de tomada de decisão.

Biografia do Autor

Cleiton Silva Ferreira Milagres, Universidade Federal do Tocantins

Doutorando em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Tocantins(UFT). Mestre em Extensão Rural e Bacharel em Gestão de Cooperativas, ambos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é professor Adjunto I (UFT) no curso de Tecnologia em Gestão de Cooperativas, campus Araguaína. Coordena o Grupo de Pesquisa e Extensão: "Cooperativismo, Extensão Rural e Processos Participativos" (UFT) e participa do Grupo ASSENTAMENTOS - Grupo de Pesquisa sobre Movimentos Sociais no Campo, Reforma Agrária e Associativismo. É Membro do Comitê Internacional do SIBEP - Seminário Internacional Brasil, Espanha e Portugal. Desenvolve trabalhos nos seguintes temas: Metodologias Participativas, Educação Cooperativista, Extensão Rural e Processos Sociais.

Alex Pizzio, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos. Atualmente é Coordenador Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Tocantins - UFT . Implantou e coordenou o Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas -GESPOL/UFT no período de: 07/2013 a 02/2017. Possui experiência na área de pesquisa aplicada à sociologia. É pesquisador (líder) do Núcleo de Pesquisa em Desenvolvimento Regional - NUDER/UFT. É filiado a Associación Mexicana de Ciencias para o Desarollo Regional - AMECIDER. Sócio fundador da Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial (RETE). As áreas de interesse concentram-se em estudos que abordem os seguintes temas: pobreza, vulnerabilidade, resiliência, reconhecimento social e capital social, tendo como campo empírico, as comunidades e territórios da região norte. De forma complementar, desenvolve estudos acerca das interfaces entre as áreas do conhecimento da sociologia e do desenvolvimento regional. Bolsista de Produtividade CNPq pelo Comitê: SA - Arquitetura,Demografia, Geografia, Turismo e Planejamento Urbano e Regional.

Diego Neves de Sousa, Embrapa Pesca e Aquicultura

Doutorando em Desenvolvimento Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É Gestor de Cooperativas e mestre em Extensão Rural, ambos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atuo no setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas (TO)

Waldecy Rodrigues, Universidade Federal do Tocantins

Graduação em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) com mestrado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), Doutorado em Estudos Comparados de Desenvolvimento (UnB) e Pós-Doutorado em Economia (UnB). Atualmente é Professor Associado do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Tocantins. Foi Pró Reitor de Pesquisa e Pós Graduação (2012-2016) e Conselheiro Deliberativo do Sebrae Tocantins (2014-2017). Tem experiência na área de Economia , com ênfase em Interfaces entre Economia e Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e Urbano e Design e Avaliação de Políticas Públicas.

Airton Cardoso Cançado, Universidade Federal do Tocantins

Doutor em Administração pela UFLA (2011), Mestre em Administração pela UFBA (2004) e graduado em Administração com Habilitação em Adm. de Cooperativas pela UFV (2003). Realizou Estágio Pós-doutoral em Administração pela EBAPE/FGV (2013) e HEC Montreal (2018). Atualmente é professor do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional, do Mestrado Profissional em Gestão de Políticas Públicas e do Curso de Administração da UFT . Participa da Rede de Pesquisadores em Gestão Social - RGS e do Observatório Brasileiro do Cooperativismo. Bolsista de Programa Institucional Produtividade em Pesquisa da UFT, líder do Tema 11 - Interfaces entre Gestão Pública e Gestão Social da Divisão de Administração Pública da ANPAD. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração de Cooperativas, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão social, cooperativismo e economia solidária.

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Publicado

2019-01-23

Como Citar

Milagres, C. S. F., Pizzio, A., Sousa, D. N. de, Rodrigues, W., & Cançado, A. C. (2019). A PNATER COMO MECANISMO DE JUSTIÇA SOCIAL PARA A AGRICULTURA FAMILIAR. Cadernos De Ciência & Tecnologia, 35(3), 453–470. Recuperado de https://apct.sede.embrapa.br/cct/article/view/26352

Edição

Seção

Artigos