Sinais de mudanças climáticas globais e regionais, projeções para o século XXI e as tendências observadas no Rio Grande do Sul: uma revisão

Autores

  • Moacir Antonio Berlato Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)-aposentado.
  • Ana Paula Assumpção Cordeiro Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Colaboradora.

DOI:

https://doi.org/10.31062/agrom.v25i2.25884

Palavras-chave:

Ação antrópica, aquecimento global, variabilidade climática, El Niño, La Niña, ODP.

Resumo

O relatório do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) de 2013 afirma que é de 95% a probabilidade do aquecimento global, desde meados do século XX, ser de natureza antrópica. A temperatura média global da superfície (continente e oceano) aumentou 0,85 °C no período 1880-2012. Segundo a NASA, 16 dos 17 anos mais quentes, da série iniciada em 1880, ocorreram desde 2001. A Terra está com ba­lanço radiativo positivo (do inglês imbalance) devido ao aumento do efeito estufa, entre outras forçantes climáticas. Os novos modelos do IPCC projetam aumento da temperatura global de menos de 2 °C, para o cenário otimista (baixas emissões de GEE), até 4,8 °C para o cenário pessimista (altas emissões de GEE), até 2081-2100, em relação a 1986-2005. Há projeção de grande aquecimento sobre a Amazônia (5-6 °C), para o final do século, para o cenário pessimista. No Rio Grande do Sul, destacam-se as tendências de aumento da temperatura mínima e de aumento do número de noi­tes quentes, principalmente no outono e no verão. A temperatura média apresen­tou tendência de aumento, devido à elevação acentuada da temperatura mínima. A temperatura máxima reduziu no verão pelo aumento da nebulosidade diurna. Houve redução da amplitude térmica. A precipitação pluvial aumentou no ano, no outono e na primavera, principalmente. Houve aumento de dias com precipitação pluvial intensa e do número de dias com precipitação pluvial no ano, no verão e na primavera. A insolação teve forte tendência de redução, no ano, no verão e no outono, e a nebulosidade diurna teve tendência de aumento. A evapotranspiração de referência teve maior tendência de redução no ano, no verão e na primavera. O inverno (entre os meses de junho, julho e agosto) teve a mais fraca tendência de mudança climática no Estado.

Biografia do Autor

Moacir Antonio Berlato, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)-aposentado.

Engenheiro-Agrônomo, Mestre em Climatologia Agrícola e Doutor em Meteorologia. Professor Associado da UFRGS-aposentado. Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Agrometeorologia, período 1991/1993. Ex-Pesquisador e Ex-Diretor do Ex-Instituto de Pesquisas Agronômicas da Secretaria da Agicultura/RS, por dois períodos (7anos). Até o momento tem 82 trabalhos publicados em Revistas Científicas, como autor principal e como Co-autor e 99 trabalhos apresentados em Congressos e outros Eventos (trabalhos completos, resumos expandidos e resumos).

CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/7308950793912166

Ana Paula Assumpção Cordeiro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Colaboradora.

Engenheira-Agrônoma, Mestre e Doutora em Fitotecnia-Agrometeorologia pela UFRGS. Colaboradora UFRGS - Pós-Doutoranda no Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD/CAPES). Tem experiência na área de Agrometeorologia, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia, variabilidade e tendências climáticas, balanço hídrico, ENOS, sensoriamento remoto aplicado à agricultura, NDVI e rendimentos de soja e arroz.

CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/2666590515440018

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Publicado

11/29/2018

Como Citar

Berlato, M. A., & Cordeiro, A. P. A. (2018). Sinais de mudanças climáticas globais e regionais, projeções para o século XXI e as tendências observadas no Rio Grande do Sul: uma revisão. Agrometeoros, 25(2). https://doi.org/10.31062/agrom.v25i2.25884

Edição

Seção

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA