Simulação da pegada hídrica da soja no Mato Grosso baseada em projeções de mudanças climáticas

Autores

  • Giulia Vitória Simioni Dias Universidade de São Paulo;Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
  • Evandro Henrique Figueiredo Moura da Silva Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz".
  • Luis Alberto Silva Antolin Universidade de São Paulo;Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
  • Nilson Aparecido Vieira Junior Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
  • Fábio Ricardo Marin Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

DOI:

https://doi.org/10.31062/agrom.v27i1.26567

Palavras-chave:

Glycine max (L.) Merrill, modelagem, produtividade futura da água, mudanças climáticas

Resumo

O consumo de água de doce pela agricultura equivale a 70% da água doce no mundo (FAO, 2012), esse fato aliado a evidência das mudanças climáticas e ao crescimento populacional para as próximas décadas, torna-se importante a quantificação do uso de água na irrigação para conciliar o aumento da produção com a mínima pressão sobre os mananciais. Para essa mensuração, é utilizado a metodologia da pegada hídrica (Hoekstra et al., 2011), que é composta pelo componente azul, verde e cinza. Este trabalho avaliou o uso futuro da água na irrigação de soja no Mato Grosso, quantificando a pegada hídrica azul (PHazul) baseado em projeções de mudanças climáticas usando o modelo agrícola DSSAT/CROPGRO-Soybean. As simulações não apresentaram grande variação da PHazul em relação a atual, a menor variação foi da zona edafoclimática homogênea (ZH) de Nova Mutum, onde variou 27 m³ Mg-1, entre o cenário 1 e o 6 e a maior variação foi de Primavera do Leste, com variação de 81,2 m³ Mg-1 entre o cenário atual e o 6. Esse resultado pode ser explicado pela manutenção da produtividade da soja nas ZH estudadas, onde a maior variação registrada foi de -1,6% e pela diminuição da evapotranspiração em 6,5%.

Biografia do Autor

Giulia Vitória Simioni Dias, Universidade de São Paulo;Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

Giulia Vitória Simioni Dias

Graduanda em engenharia agronômica na ESALQ-USP. Bolsista FAPESP na área de meteorologia agrícola. Atualmente possui uma bolsa de pesquisa no exterior na Universidade de Leeds-UK, na área de impactos climáticos na agricultura.

http://lattes.cnpq.br/0711581020112335

 

Evandro Henrique Figueiredo Moura da Silva, Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz".

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (FEIS/UNESP), mestre em ciências pela Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), bolsista FAPESP (2015/25702-3). Trabalhou com manejo integrado de pragas em soja e algodão no Oeste Baiano em fazenda de alta tecnologia (Fazenda São Francisco), foi assistente técnico de campo na produção de flores e hortaliças em estufa; e soja, milho e trigo em campo na Green Barn Garden Center Farm (propriedade agrícola nos EUA). Foi estudante visitante pelo programa Minnesota Agricultural Student Trainee e assistente técnico de pesquisa no Departamento de Fitopatologia na University of Minnesota. É doutorando no pelo programa de Engenharia de Sistemas Agrícolas da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), bolsista FAPESP (2017/23468-9). É pesquisador da equipe do Sistema TEMPOCAMPO (ESALQ/USP) e atua na coordenação de dois grupos de pesquisa e extensão: Grupo de Experimentação e Pesquisa em Modelagem Agrícola (GEPEMA-ESALQ/USP) e Grupo de Pesquisa e Extensão em Meteorologia dos Cultivos Agrícolas (AGRIMET-ESALQ/USP). (Texto informado pelo autor)

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Luis Alberto Silva Antolin, Universidade de São Paulo;Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Goiás (2016) com período de graduação sanduíche no Institut Supérieur d'Agriculture, em Lille, França, e mestre em Engenharia de Sistemas Agrícolas, pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo. Atualmente é aluno de doutorado do programa de Engenharia de Sistemas Agrícolas, desta mesma instituição, onde trabalha com modelagem em agricultura tropical. Tem experiência em pesquisa agronômica, com ênfase em agrometeorologia, irrigação e modelos computacionais aplicados à sistemas agrícolas.

https://www.escavador.com/sobre/7391927/luis-alberto-silva-antolin

Nilson Aparecido Vieira Junior, Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina (2015). Mestre pelo programa de prós-graduação em Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (2018), que teve como tema de estudo modificações microclimáticas em sistema silvipastoril. Realizou aperfeiçoamento técnico-cientifico no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), tendo desenvolvido trabalhos em agrometeorologia, mudanças climáticas, geadas e microclima. Atualmente é doutorando em Engenharia de Sistemas Agrícolas pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), tendo como temática de pesquisa modelagem e sistemas silvipastoris. (Fonte: Currículo Lattes)

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Fábio Ricardo Marin, Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

Engenheiro agrônomo pela ESALQ/USP, com mestrado e doutorado em agrometeorologia pela mesma instituição. Com 20 anos de experiencia, atuou na Embrapa, PUC-Campinas, FGV, Universidade da Florida e Universidade de Nebraska-Lincoln. Esteve em outros 17 países como palestrante ou em visitas técnico-científicas. Atualmente, é professor do Departamento de Engenharia de Biossistemas da ESALQ/USP. Sua linha de pesquisa envolve a modelagem agrícola e a agrometeorologia aplicadas para a análise de risco climático, de cenários agrícolas futuros e de eficiência agrícola para grandes culturas brasileiras. Atua também como desenvolvedor, sendo responsável pela concepção e implementação do SAMUCA, um modelo brasileiro baseado em processos para cana-de-açúcar e do Sistema TEMPOCAMPO-ESALQ, que oferece suporte à decisão agronômica e para a antevisão de safras para as culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e pastagens de todo o Brasil. (Texto informado pelo autor)
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Publicado

03/06/2020

Como Citar

Dias, G. V. S., Silva, E. H. F. M. da, Antolin, L. A. S., Vieira Junior, N. A., & Marin, F. R. (2020). Simulação da pegada hídrica da soja no Mato Grosso baseada em projeções de mudanças climáticas. Agrometeoros, 27(1). https://doi.org/10.31062/agrom.v27i1.26567

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