Diagnóstico das feiras de produtos orgânicos e seus consumidores em Belo Horizonte

Autores

  • Marcela Ferreira Rocha Lage Engenheira Agrônoma, doutora em Agronomia - Ciência do Solo – e mestre em Agricultura Orgânica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. É Fiscal Agropecuária, Instituto Mineiro de Agropecuária, Belo Horizonte, MG.
  • Renato Linhares de Assis Engenheiro Agrônomo, doutor em desenvolvimento econômico, espaço e meio ambiente pela Universidade Estadual de Campinas, mestre em Agronomia - Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. É pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Nova Friburgo, RJ.
  • Adriana Maria de Aquino Bióloga, mestrado em Agronomia - Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, Nova Friburgo, RJ.

DOI:

https://doi.org/10.35977/0104-1096.cct2020.v37.26519

Palavras-chave:

agricultura familiar, agricultura orgânica, circuitos curtos de comercialização

Resumo

O Brasil é hoje um dos grandes produtores de alimentos orgânicos. O consumo desse tipo de alimento no país cresce à taxa anual de 25%, e o mercado de feiras específicas é espaço fundamental para esse avanço. Em Belo horizonte, MG, a partir do ano de 2002, foram instaladas oito feiras orgânicas, em três regiões do município. O trabalho teve como objetivo o levantamento do histórico, das características, do perfil dos agricultores feirantes e do perfil dos consumidores dessas feiras. Buscou-se, também, analisar os gargalos para a expansão da produção e comercialização dessas feiras. O estudo foi realizado por meio de observações in loco e de entrevistas com o uso de questionários semiestruturados. Realizaram-se 214 entrevistas com consumidores frequentadores das oito feiras, além de cinco entrevistas com agricultores feirantes e uma entrevista com o supervisor das feiras, funcionário da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Verificou-se que os agricultores enfrentam dificuldades quanto à disponibilidade de mão de obra e à regularidade da produção, para o atendimento às expectativas de consumidores. A maioria dos consumidores era composta por mulheres com idade entre 30 e 54 anos, com nível de escolaridade elevado e renda mensal equivalente a um valor entre 9 e 12 vezes o salário mínimo brasileiro. As feiras foram consideradas como importantes canais de comercialização da produção orgânica, pois aproximava os agricultores e os consumidores, possibilitando o estabelecimento de relações de confiança entre esses atores.

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Publicado

2020-04-22

Como Citar

Lage, M. F. R., Assis, R. L. de, & Aquino, A. M. de. (2020). Diagnóstico das feiras de produtos orgânicos e seus consumidores em Belo Horizonte. Cadernos De Ciência & Tecnologia, 37(1), e26519. https://doi.org/10.35977/0104-1096.cct2020.v37.26519

Edição

Seção

Artigos