Inovação e desenvolvimento tecnológico no segmento das plantas medicinais no Distrito Federal

Autores/as

  • Juliane Alves de Araújo Pereira Engenheira Agrônoma, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agronegócios, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF.
  • Vitória Cristiane Sousa dos Santos Engenheira Agrônoma, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF.
  • Letícia Bandeira Araújo Engenheira Agrônoma, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Agronegócios, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF.
  • Laura Silva Prado Graduanda, Curso de Agronomia, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília.
  • Ana Maria Resende Junqueira Engenheira Agrônoma, Ph.D em Agricultura, pela University of Wales - Bangor, UK, professora da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, da Universidade de Brasília.

DOI:

https://doi.org/10.35977/0104-1096.cct2024.v41.27390

Palabras clave:

consumidor, feirante, remédio natural, saberes tradicionais, tecnologias sociais

Resumen

A utilização de plantas medicinais é praticada desde sempre, tendo-se tornado parte importante da vida cotidiana, e seus saberes tradicionais vêm sendo transmitidos de geração em geração. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil de consumidores e vendedores de plantas medicinais no Distrito Federal, bem como identificar aspectos de inovação e adoção de tecnologias sociais. Uma pesquisa aplicada, exploratória e descritiva foi realizada com abordagem qualitativa. Para os procedimentos técnicos, a pesquisa foi considerada como estudo de caso. Os dados foram coletados de abril a agosto de 2022. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com 24 feirantes, de cinco feiras permanentes, em cinco cidades-satélites do Distrito Federal. Um questionário foi disponibilizado nas redes sociais e respondido por 177 consumidores. A maioria dos feirantes é do gênero feminino, cerca de 40% com 10 a 20 anos de experiência na venda de plantas medicinais, mas sem treinamento, e estão desmotivadas em razão do alto custo do aluguel do espaço da feira permanente. Cerca de 95% dos feirantes adquirem os produtos de produtores de outros estados da federação. O ambiente observado não favorece a inovação ou adoção de tecnologias sociais. Mais de 70% dos consumidores utilizam plantas medicinais na forma de chás, e mais de 80% as utilizam na culinária. Observou-se que esses consumidores são jovens e abertos às novidades. Portanto, inovações no processamento e formas diferenciadas de apresentação dos produtos podem ampliar o consumo. Recomenda-se que sejam realizados estudos junto a produtores familiares do Distrito Federal, com a finalidade de despertar neles o interesse pela produção de plantas medicinais, o que pode contribuir para a redução da lacuna existente entre a demanda e a oferta local, bem como pode incrementar a inovação no segmento e a adoção de tecnologias sociais nos sistemas produtivos.

Publicado

2024-05-22

Cómo citar

Pereira, J. A. de A., Santos, V. C. S. dos, Araújo, L. B., Prado, L. S., & Junqueira, A. M. R. (2024). Inovação e desenvolvimento tecnológico no segmento das plantas medicinais no Distrito Federal. Cadernos De Ciência & Tecnologia, 41, e27390. https://doi.org/10.35977/0104-1096.cct2024.v41.27390

Número

Sección

CT&I: transformação e moto