FORMAS TRADICIONAIS DE COOPERAÇÃO ENTRE AGRICULTORES FAMILIARES DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA, SE

Autores

  • José Franco de Azevedo
  • Dalva Maria da Mota
  • Juciara Torres Franco

DOI:

https://doi.org/10.35977/0104-1096.cct2012.v29.14548

Resumo

Este artigo tem por objetivo discutir as formas de cooperação agrícola e não agrícola praticadas pelos agricultores familiares de Nossa Senhora da Glória, SE, principalmente até o final da década de 1970. Busca-se entender por que as tradicionais formas de cooperação – denominadas pelos agricultores de batalhão, pisada, taipa de casa, ferra e pega de boi – foram praticamente extintas, e como se dão atualmente as relações entre os agricultores familiares estabelecidos no município. A metodologia utilizada no estudo foi a pesquisa de campo com 118 agricultores familiares associados e não associados a entidades formais em 57 povoados do município. Observa-se que as formas tradicionais de cooperação desaparecem à medida que o Estado passa a exigir a organização dos agricultores por meio de associações de desenvolvimento comunitário, como condição para a implantação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de comunidades rurais. Também se verifica que as mudanças na paisagem dos agroecossistemas do município contribuíram para o enfraquecimento de formas tradicionais de cooperação.

 

TRADITIONAL FORMS OF COOPERATION BETWEEN FAMILY FARMERS OF NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

ABSTRACT

This article aims at discussing the forms of agricultural and non-agricultural cooperation practised by the family farmers of the municipality of Nossa Senhora da Glória, state of Sergipe, Brazil, mainly until the end of the 1970s, seeking to understand why the traditional forms of cooperation – referred to by family farmers as batalhão, pisada, taipa de casa, ferra and pega de boi – were almost extinct, and how the relationships between the family farmers who are settled in the municipality are going nowadays. The methodology used in the study was the field research with 118 family farmers associated and non-associated with formal organizations in 57 villages of the municipality. It can be observed that the traditional forms of cooperation disappear as the State starts demanding that the organization of the farmers occurs through community development associations, as a condition for the implementation of public politics aimed at the development of rural communities. It was also found that the changes in the landscape of the municipality agroecosystems contributed to the weakening of traditional forms of cooperation.

 

Biografia do Autor

José Franco de Azevedo

Economista, Mestre em Agroecossistemas, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Sergipe (IFS) - Campus Nossa Senhora da Glória, Rua Monsenhor Carlos Costa 212 –
Santo Antônio, CEP 49060-450 Aracaju, SE.

Dalva Maria da Mota

Pedagoga, Doutora em Sociologia, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, Trav. Dr. Enéas
Pinheiro, s/n – Marco, Caixa Postal nº 48, CEP 66095-100 Belém, PA.

Juciara Torres Franco

Bióloga, Mestre em Agroecossistemas, professora do Instituto Federal de Sergipe, Campus Nossa
Senhora da Glória.

Downloads

Publicado

2012-01-01

Como Citar

Azevedo, J. F. de, Mota, D. M. da, & Franco, J. T. (2012). FORMAS TRADICIONAIS DE COOPERAÇÃO ENTRE AGRICULTORES FAMILIARES DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA, SE. Cadernos De Ciência & Tecnologia, 29(1), 195–212. https://doi.org/10.35977/0104-1096.cct2012.v29.14548

Edição

Seção

Artigos