Dinâmica de nutrientes em cana-de-açúcar. IV. Perda de N por lixiviação em cana-planta fertilizada com ureia-15N
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1988.v23.13955Palavras-chave:
adubação nitrogenada, fluxo de drenagem, N-NO3 e N-NH4, solução do soloResumo
As perdas de N foram medidas, em solo Podzólico Vermelho-Amarelo, textura arenosa de Goiana, PE, num experimento com dois tratamentos: a) 60 kg N/ha no plantio e b) 20 kg N/ha no plantio e 40 kg N/ha, três meses após. O N foi aplicado como uréia em parcelas de 10 m x 12,5 m e como uréia-15N em subparcelas de 1,25 m x 1,25 m no sulco central das parcelas. Junto às subparcelas foram instalados tensiômetros por duplicado a 1,0 m e 1,2 m de profundidade, tubo de acesso para sonda de nêutrons e amostrador de solução a 1,0 m de profundidade sob a subparcela. A solução foi analisada quanto aos teores de N-NO3 e N-NH4 e abundância de 15 N. A curva de retenção de umidade e a condutividade hidráulica foram determinadas e o fluxo de drenagem estimado a partir desta última e do gradiente de potencial entre 1,0 m e 1,2 m. A perda de N foi calculada como o produto do fluxo e da concentração de N mineral da solução do solo. Nos primeiros cinco meses após o plantio (em outubro) choveu pouco, não houve quase drenagem e nem perda de N. Com as chuvas que se seguiram as perdas de N aumentaram e em março houve a única lixiviação significativa de N do fertilizante, menos de 1 kg N/ha no tratamento com aplicação única. De maio a setembro foram drenados 300 mm de água e ocorreram as maiores perdas de N, apesar das concentrações de N mineral na solução do solo terem sido as mais baixas, 5 µg N/ml. As perdas de N em todos os 16 meses do ciclo da cana-planta foram de 21 e 28 kg N/ha, com aplicação parcelada e única, respectivamente.
