Grupo de compatibilidade, sensibilidade ao mefenoxam e diversidade de patótipos de isolados de Phytophthora infestans de tomate no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2010.v45.3264Palavras-chave:
Lycopersicon esculentum, Solanum lycopersicum, manejo de doenças, resistência a fungicida, requeima, variabilidade do patógenoResumo
O objetivo deste trabalho foi caracterizar 79 isolados de Phytophthora infestans, coletados em campos de tomate (Solanum lycopersicum), quanto ao grupo de compatibilidade, à sensibilidade ao mefenoxan, e à diversidade de patótipos. Os isolados foram obtidos em coletas realizadas nos anos de 2006 e 2007, em sete Estados do Brasil e no Distrito Federal. Os isolados foram usados para determinação do grupo de compatibilidade sexual (n=79), resistência ao fungicida mefenoxam (n=79) e espectro de virulência aos genes de efeito principal Ph-1, Ph-2 e Ph-3/Ph-4 (n=62). Todos os isolados foram classificados no grupo de compatibilidade A1. Isolados insensíveis ao fungicida mefenoxam foram detectados em todos os Estados amostrados, e apresentaram frequência média superior a 50%. Não houve diferença de diversidade de patótipos entre as subpopulações coletadas em 2006 e 2007, e nem entre os isolados agrupados como resistentes ou intermediariamente sensíveis ao mefenoxam. Os genes de resistência foram suplantados em diferentes frequências: Ph-1, 88,7%; Ph-2, 64,5%; e Ph-3/Ph-4, 25,8%. Isolados complexos capazes de suplantar a resistência dos quatro genes de resistência foram encontrados em baixa frequência. Programas de melhoramento de tomate no Brasil devem evitar o desenvolvimento de cultivares com resistência baseada exclusivamente em genes de efeito principal.