Água levemente salinizada aumenta a eficiência da larvicultura de peixes neotropicais
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2013.v48.11207Palavras-chave:
Astronotus ocellatus, Brycon amazonicus, Colossoma macropomum, Leporinus macrocephalus, alimento vivo, náuplios de ArtemiaResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de água levemente salinizada sobre a larvicultura intensiva do tambaqui, matrinxã, apaiari e piau, durante os dias iniciais de alimentação. As larvas foram mantidas em água artificialmente salinizada, em concentrações de 0 (água doce) a 14 g L‑1 de NaCl (intervalo de 2,0 g L‑1 ), e foram alimentadas com duas porções diárias de náuplios de Artemia, de acordo com protocolo para cada espécie, em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Larvas de tambaqui, matrinxã e apaiari podem ser cultivadas em até 2 g L‑1 de concentração salina, sem prejuízos ao crescimento e à sobrevivência. Larvas de piau foram mais tolerantes e suportaram até 4 g L‑1 de concentração salina. Acima disto, a mortalidade dos peixes aumentou e chegou a 100% à concentração de 6 g L‑1 (matrinxã e apaiari) e de 10 g L‑1 (tambaqui). A salinização da água a 2 g L‑1 proporcionou maior taxa de sobrevivência a larvas de matrinxã e maior crescimento a larvas de tambaqui, apaiari e piau. Estas duas últimas espécies apresentaram melhor crescimento com a maior quantidade de náuplios. Água salinizada a 2 g L‑1 é benéfica para as espécies estudadas, pois otimiza o potencial de crescimento das larvas e o uso de náuplios de Artemia como alimento vivo.