A etiquetagem de minhocas com implante visual de elastômero é uma técnica confiável?

Autores

  • Kevin Richard Butt
  • Maria Jesús Iglesias Briones
  • Christopher Lowe

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2009.v44.1348

Palavras-chave:

métodos de captura e marcação, tecido cloragógeno, longevidade, Lumbricidae, monitoramento de populações

Resumo

O implante visual de elastômeros (VIE) tem sido recentemente utilizado para estudar diferentes aspectos da ecologia de minhocas. Entretanto, questões fundamentais relacionadas à detecção e posicionamento da etiqueta, sua persistência e efeitos potenciais nas minhocas permanecem desconhecidos. Sete espécies de minhocas, pertencentes a três grupos ecológicos, com diferentes pigmentações e comportamentos de escavação de galerias, foram etiquetadas com VIE de diferentes cores. Procedeu-se à inspeção externa depois de dois dias, uma semana e 1, 10 e 27 meses, seguida de preservação, dissecação e inspeção interna. As etiquetas puderam ser vistas em espécimes vivos até 27 meses após a aplicação, e a dissecação revelou que, na maioria dos casos, elas estavam alojadas na cavidade celômica, seguras no lugar por um septo. Entretanto, depois de longos períodos (mais de dois anos), o tecido cloragógeno tendeu a ligar-se às etiquetas e a dificultar a observação externa. A migração dos VIE para a parte posterior da minhoca e a potencial perda da etiqueta foram raramente observadas, e o índice de recuperação passou de 98%. Pela introdução de uma quantidade razoável de VIE nos segmentos logo após o clitelo, esta técnica pode constituir-se em um instrumento valioso em estudos da ecologia e do ciclo de vida das minhocas, particularmente em experimentos de curto e médio prazo, em laboratório e em experimentos de campo.

 

 

 

 

Biografia do Autor

Kevin Richard Butt

School of Built and Natural Environment Reader in Ecology

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Publicado

2010-11-26

Como Citar

Butt, K. R., Briones, M. J. I., & Lowe, C. (2010). A etiquetagem de minhocas com implante visual de elastômero é uma técnica confiável?. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 44(8), 969–974. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2009.v44.1348