Biomarcadores para a avaliação dos efeitos de clorpirifós em minhocas e em parâmetros funcionais do solo
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2009.v44.1363Palavras-chave:
<i>Eisenia andrei</i>, solos agrícolas, testes de campo, bioensaios de laboratórioResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do clorpirifós sobre as minhocas e sobre parâmetros funcionais do solo. Foi executado um estudo integrado campo-laboratório, em uma plantação de trigo na Argentina, onde foi aplicado clorpirifós em duas doses recomendadas (240 ou 960 g ha-1 a.i.). Os ensaios laboratoriais incluíram tempo de retenção do vermelho-neutro, ensaio cometa (eletroforese em gel de célula única) e teste de fuga, cada um com a minhoca Eisenia andrei exposta aos solos coletados 1 e 14 dias após tratamentos, e teste com a lâmina-isca. Nos bioensaios de campo, avaliou-se a decomposição da matéria orgânica em sacolas com alfafa e com a lâmina-isca. As populações de minhocas foram avaliadas no campo com uso do método de extração com formalina e remoção manual. O tempo de retenção do vermelho-neutro e o ensaio cometa foram biomarcadores sensíveis aos efeitos do clorpirifós na minhoca E. andrei; porém, o comportamento de fuga não foi eficiente para avaliar tais efeitos. A atividade alimentar da biota do solo, avaliada pelo teste de lâmina-isca, foi significativamente inibida pelo clorpirifós após 97 dias, mas recuperou-se no 118o dia do teste. O teste de sacolas com alfafa não mostrou diferenças significativas em comparação aos controles. A abundância das minhocas em campo foi muito baixa, para testar adequadamente a sensibilidade desta variável.