Biologia e potencial de Doru luteips no controle de Spodoptera frugiperda
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1988.v23.13854Palavras-chave:
pragas, predador, inimigos naturais, lagarta-do-cartucho, controle biológico, controle químicoResumo
O trabalho foi realizado no Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS), em Sete Lagoas, MG, tendo como objetivo conhecer a biologia e o potencial de Doru luteipes (Scudder, 1876) como predador de ovos e larvas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797), em condições de laboratório. Estudou-se também, em condições de campo, o efeito de diversos inseticidas sobre o predador. Dos estudos bioecológicos, observou-se que as posturas possuem, em média, 26,6 ovos, e o período de incubação é de 7,31 dias. A fase ninfal variou de 37,1 a 50,1 dias, conforme o tratamento, e a fase adulta, de 83,2 dias para indivíduos alimentados com ovos, a 143 dias para indivíduos alimentados com larvas. O inseto mostrou um bom potencial como predador de S. frugiperda, apresentando um consumo diário na fase ninfal de 12, 10 e 8 larvas, conforme estas foram oferecidas isoladamente, com folhas de milho ou com dieta. Na fase adulta, o consumo foi na mesma sequência da anterior, de 21, 19 e 10 larvas. Com relação aos inseticidas testados, os produtos permethrin, deltamethrin e methomyl foram eficientes no controle de S. frugiperda, e praticamente não afetaram o predador. Com base nos resultados, concluiu-se que D. luteipes, em condições de laboratório, apresentou-se eficiente no controle de S. frugiperda e possui grande potencial para utilização no controle deste inseto em milho, em condições de campo.