Efeito da avermectina-B1 (MK-936) sobre o desenvolvimento larval de Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera; Chrysopidae)
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1988.v23.14064Palavras-chave:
Lactonas, crisopídeos, seletividade, ovicida, inseticidaResumo
Considerando-se a importância dos crisopídeos como predadores de ovos de pragas agrícolas e para se determinar preliminarmente a viabilidade da utilização do inseticida avermectina-B1 (MK-936) em programas de manejo de pragas, foram conduzidos estudos de laboratório para se conhecer as interações entre diferentes dosagens do produto e o desenvolvimento pré-imaginal de Chrysoperla externa. Os resultados obtidos e interpretados estatisticamente indicaram que, embora existindo uma regressão linear negativa entre dosagens crescentes do produto e a sobrevivência larval do predador, não foi constatada ação ovicida ou deletéria do inseticida sobre os estágios larvais do inseto, principalmente em dosagens de 0,1 - 0,4 ml/l. O inseticida aplicado diretamente nos ovos reduziu o seu período de incubação e afetou a duração dos instares, embora os insetos apresentassem desenvolvimento normal. Dosagens superiores a 0,4 ml/l aplicadas em ovos reduziram a sobrevivência larval, com mortalidade acentuada no terceiro instar. Avermectina-B1 acima de 0,4 ml/l e os inseticidas malathion, diethion e fenthion apresentaram ação de contacto sobre o predador, tendo os três últimos eliminado 100% das larvas neonatas. Evidenciou-se que avermectina-B1 (MK-936) nas dosagens de 0,1 - 0,4 ml/l não afetava significativamente as fases imaturas de C. externa, podendo ser utilizado em programas de manejo de pragas, em áreas onde existam populações do predador em seu período pré-imaginal.