Longevidade de larvas infectantes de nematódeos gastrointestinais de bovinos no Pantanal Mato-grossense
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1987.v22.14889Palavras-chave:
Helmintos, parasitas de bovinos, epidemiologia, meio ambienteResumo
Para verificar o desenvolvimento e longevidade de larvas infectantes de nematódeos parasitas de bovinos, bolos fecais foram depositados, mensalmente, durante dois anos, em pasto de Digitaria decumbens e nativo, na região do Pantanal. Após a deposição, regularmente, o bolo fecal e a pastagem foram analisados quanto à presença de L3. Observou-se, durante e principalmente no início da estação seca, que os bolos fecais e a pastagem ao seu redor permaneceram positivos à presença de larvas infectantes, por até seis meses, ao passo que os depositados na estação chuvosa durante os meses de máxima precipitação mantiveram-se com L3 no máximo por dois meses. No pasto, os resultados foram semelhantes. Conclui-se que na região do Pantanal, durante todo o ano, as formas de vida livre encontram condições para se desenvolver e sobreviver no bolo fecal. A migração das larvas do bolo fecal para o pasto é fracionada, principalmente durante a estação seca. Na estação chuvosa, graças à umidade alta e à ação direta de coleópteros coprófagos e precipitações elevadas, a liberação para o pasto é mais rápida.