Potencial do triticale no Brasil

Autores

  • Augusto Carlos Baier
  • Jorge Luiz Nedel

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1985.v20.14976

Palavras-chave:

trigo, rendimento, peso do hectolitro, α –amilase, qualidade industrial, x triticosecale wittmack

Resumo

O potencial do triticale (X triticosecale Wittmack) foi avaliado e comparado com o do trigo, através do Ensaio Brasileiro de Triticale, com dados de 65 experimentos, abrangendo os anos de 1979 a 1982. Avaliou-se rendimento e peso do hectolitro, no Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Resistência às doenças, dados fenológicos, atividade enzimática e de industrialização foram analisados. Obtiveram-se rendimentos e pesos do hectolitro mais altos nos ensaios irrigados dos Cerrados. Rendimentos altos com pesos do hectolitro mais baixos foram obtidos na maioria dos ensaios conduzidos no Paraná e Rio Grande do Sul. De 1979 a 1982 as linhagens PFT 766 e TCEP 77138 apresentaram rendimentos, pesos do hectolitro e disponibilidade de semente que permitiriam o lançamento comercial. Rendimentos e pesos do hectolitro mais elevados foram observados nas linhagens PFT 7893 e TCEP 7889, avaliadas em 1981 e 1982. O triticale apresentou alta resistência às doenças foliares (oídio, ferrugem da folha e ferrugem do colmo) e, para as doenças da espiga (giberela e helmintosporiose), uma suscetibilidade moderada. A atividade enzimática de α-amilase e a suscetibilidade à germinação na espiga foram maiores no triticale, comparado com o trigo. Resultados tecnológicos de laboratório e a nível comercial evidenciaram a adequação do triticale como substituto do trigo.

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Como Citar

Baier, A. C., & Nedel, J. L. (2014). Potencial do triticale no Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 20(1), 57–67. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1985.v20.14976

Edição

Seção

FITOTECNIA