Respostas do cafeeiro à calagem
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1984.v19.15714Palavras-chave:
Coffea arabica, nutrição, calcário dolomítico, relação cátions trocáveis, alumínio, acidezResumo
Experimentos de campo foram conduzidos em dois dos principais solos da região cafeeira do Paraná (LRd e LEd), por um período de 8 anos (1975-82), com o objetivo de estudar os efeitos de doses crescentes de calcário dolomítico (0, 2,5, 5,0 e 10,0 t/ha) nas propriedades químicas do solo, produção e estado nutricional do cafeeiro (Coffea arábica L.). O pH do solo, capacidade de troca de cátions (CTC) e Ca e Mg trocáveis aumentaram, enquanto que o Al e K trocáveis diminuíram com o aumento das doses de calcário. Estes efeitos foram evidentes apenas na superfície do solo (0-30 cm). Os efeitos da calagem no estado nutricional do cafeeiro foram pronunciados, em virtude do aumento nas concentrações de Ca e Mg, redução nas de Mn (eliminou os efeitos tóxicos), Zn e K e inalteração nas de N, P e Cu nos tecidos foliares. A neutralização do Al tóxico e o ajustamento das relações entre Ca-K, Ca-Mg e Mg-K para 13:1, 4:1 e 3:1, respectivamente, aumentaram a produção do cafeeiro. As melhores produções de café foram associadas com a mais baixa dose de calcário (2,5 t/ha), sendo que as mais elevadas (5 e 10 t/ha) diminuíram sistematicamente a produção do cafeeiro.