Avaliação de raças de caprinos no Nordeste do Brasil. I. Estudo das características relacionadas como nascimento de caprinos de raças nativas e exóticas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1982.v17.15843Palavras-chave:
região quente tropical semi-árida, Moxotó, Canindé-Repartida, Marota, Bhuj, Anglo-nubiana, peso ao nascer, ganho pré-natal por dia, ganho líquido por unidade de peso corporal, período de gestaçãoResumo
A maior parte da região Nordeste do Brasil é composta por uma área semi-árida tropical quente e a maioria da população de caprinos do Brasil (aproximadamente 6,1 milhões dos 6,6 milhões de caprinos existentes), encontram-se nesta região. Neste estudo, foram comparadas cinco raças de caprinos com relação ao seu crescimento pré-natal. O peso ao nascer (em kg) foi dividido pelo período de gestação (em dias) para se obter os valores do ganho de peso diário do feto, e este foi dividido pelo peso da mãe ao parto, para se obter o ganho de peso liquido diário, por kilograma do peso da mãe. As raças estudadas foram: nativas - (1) Canindé-Repartida, (2) Moxotó, (3) Marota; exóticas - (4) Anglo-nubiana, (5) Bhuj. Os resultados mostraram que o peso do cabrito ao nascer não estava estritamente relacionado com o peso da mãe ao parto. Ainda que os animais adultos da raça Bhuj fossem os mais pesados, seguidas dos Anglo-nubianos e nativos, os cabritos mais pesados foram produzidos pelas mães da raça Anglo-nubiana, e os cabritos das outras quatro raças incluindo a Bhuj, foram mais leves e semelhantes entre eles. Esta tendência se refletiu também no ganho médio diário, mas não no ganho líquido. O ganho líquido foi semelhante nas raças Anglo-nubiana e nativas, e muito mais baixo na raça Bhuj. Dentro de raça, mães com maior tamanho pareceram produzir cabritos com maior peso ao nascer e maior ganho de peso diário. Cabritos nascidos de partos simples apresentaram uma vantagem distinta sobre os cabritos nascidos de partos múltiplos, em todas as características de crescimento estudadas, mas o sexo do cabrito, em geral, pareceu não ter efeito significativo nessas características ainda que cabritos machos das raças Marota e Anglo-nubiana, fossem significativamente mais pesados do que as fêmeas e também tivessem um melhor ganho médio diário. O peso dos animais adultos e os períodos de gestação variaram entre raças, mas estas características não foram influenciadas por outras fontes de variação.Downloads
Como Citar
Figueiredo, E., Simplicio, A., Bellaver, C., & Pant, K. (2014). Avaliação de raças de caprinos no Nordeste do Brasil. I. Estudo das características relacionadas como nascimento de caprinos de raças nativas e exóticas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 17(4), 643–650. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1982.v17.15843
Edição
Seção
ZOOTECNIA