Avaliação de raças de caprinos do Brasil II. Análise da idade a morte dos cabritos
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1982.v17.15895Palavras-chave:
Mortalidade, região tropical semi-árida, raças de cabras, Moxotó, Marota, Canindé, Repartida, Bhuj, Anglo-NubianaResumo
Foi analisado o tempo de sobrevivência dos cabritos que eventualmente morreram dentro do período de 360 dias de idade na fazenda do CNPC, em Sobral, CE. Os cabritos pertenciam a três grupos de raça: nativos (Moxotó, Marota, Canindé e Repartida), exóticos (Bhuj e Anglo-Nubiano) e SRD (Sem Raça Definida ou não descritos). Os resultados mostraram que o tamanho do cabrito ao nascer foi o fator mais importante no tempo de sobrevivência, o qual também foi diferente significativamente entre os grupos de raça. O tipo de nascimento apenas, não teve influência significativa na variável analisada; e por isso, se o peso do cabrito fosse tão bom quanto aquele dos cabritos nascidos de parto simples, os nascidos de partos gemelares poderiam sobreviver igualmente bem. A mortalidade maior ocorreu dentro dos primeiros cinco dias de idade (37% do total) e tendeu a aumentar novamente por volta dos 90 dias de idade. Os resultados sugerem que o fator mais importante influenciando tempo de sobrevivência pode ser a condição da matriz na época do parto, podendo essa condição ser melhorada, tanto fornecendo-se alimentação suplementar às matrizes, como ajustando-se a estação de nascimentos, de tal maneira que os nascimentos ocorram quando as matrizes estejam em boas condições.