Adsorção e imobilização de fósforo em três solos do sul da Bahia
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1982.v17.15980Palavras-chave:
adsorção/dessorção, esmectita, ditionito, fósforoResumo
Em amostras superficiais de três solos ácidos do sul da Bahia, as características de adsorção/dessorção de fósforo foram relacionadas com outras propriedades do solo e com a resposta do sorgo (Sorghum vulgare) a doses crescentes de fósforo. O solo T. Camacã, contendo esmectita e altos teores de Fe e Al extraídos por oxalato, apresentou maior capacidade de adsorver fósforo e forneceu um adequado suprimento de fósforo para as plantas. O solo H. Cristalino, com altos conteúdos de Fe e Al extraídos por ditionito e apresentando gibsita e goetita na difractometria de raios X, evidenciou menor disponibilidade de fósforo e alta capacidade de imobilizar esse elemento. Este aspecto foi bem caracterizado pela meia-vida do fósforo lábil e que correspondeu nesse solo a, respectivamente, 170, 210 e 275 dias para as variáveis fósforo absorvido pelo sorgo, fósforo isotopicamente trocável e fósforo extraído pela resina de troca aniônica. Nos dois Tropudults, a meia-vida do fósforo lábil foi superior a 400 dias para as mesmas variáveis, e, em todos os solos ensaiados, o fósforo extraído pela resina constitui um bom índice do fósforo lábil e permite avaliar de modo satisfatório o grau de imobilização desse elemento. O comportamento contrastante dos solos ensaiados indica que adsorção e imobilização de fósforo são processos que devem ser distinguidos, pois uma alta adsorção não implica necessariamente uma alta imobilização desse elemento.