Níveis de anticorpos anti-Babesia bigemina e Babesia bovis, em bezerros da raça Nelore, Ibagé e cruzamentos de Nelore
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1984.v19.16072Palavras-chave:
bovinos, babesioseResumo
Foram analisados pela técnica de anticorpos fluorescentes, os soros dos bezerros da raça Nelore, Ibagé e cruzamentos de Nelore x Fleckvieh, Nelore x Chianina e Nelore x Charolês, do nascimento ao desmame, com a finalidade de determinar os níveis de imunoglobulinas anti-Babesia bigemina e Babesia bovis. No período de três a quatorze dias de vida, foi observada correlação positiva e significante entre os níveis de imunoglobulinas circulantes das vacas e os anticorpos séricos dos bezerros contra B. bigemina e/ou B. bovis, em algumas raças e cruzamentos. A média do título sorológíco dos grupos experimentais apresentou um decréscimo nos níveis de anticorpos colostrais entre 28 e 56 dias de idade contra B. bigemina e entre 56 e 84 dias anti - B. bovis. A produção ativa de anticorpos contra B. bigemina foi observada aos 84 dias e aos 112 contra B. bovis. Em geral, os níveis de anticorpos contra B. bigemina foram mais elevados que o da B. bovis e houve maior semelhança na curva de anticorpos dos bezerros da raça Nelore e seus cruzamentos que os da raça lbagé. Embora a região seja considerada área de estabilidade enzoótica, conclui-se que existe um período crítico de baixa resistência humoral, no qual podem ocorrer casos clínicos de babesiose.