Supressão da floração na assimilação, crescimento e nutrição mineral do algodoeiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1984.v19.16169Palavras-chave:
fotossíntese, biomassa, crescimento radicular, resistência à secaResumo
Plantas de algodão herbáceo (Gossypium hirsutum L.r. latifolium Hutch.), cujos botões florais foram regularmente eliminados, foram comparadas aos 88 e 107 dias após a germinação, com plantas com floração normal. Houve aumentos significativos, nas duas épocas, para biomassa da raiz e parte aérea, taxa de assimilação líquida, taxa de crescimento foliar absoluto e relativo, duração da área foliar e potencial fotossintético nas plantas cuja floração foi suprimida. A atividade da invertase e o teor de proteína também aumentaram. A concentração em açúcares solúveis não foi afetada; mas em amido foi aumentada, nas duas épocas, tanto na raiz como na parte aérea. No entanto, mesmo com um aumento no teor em proteína, o teor em N não foi maior, e os teores em P, K, Ca e Mg foram mesmo menores, em virtude de uma maior biomassa. Estes resultados confirmam que a floração e frutificação representam uma modificação importante no metabolismo do algodoeiro e que, nas regiões semiáridas com chuvas irregulares, o ideótipo do algodão deve consistir num desenvolvimento vegetativo suficiente e num sistema radicular vigoroso, e isto só pode ser obtido por uma floração mais prolongada.