Efeito de sucessivas repicagens em arroz na virulência de Metarrhizium anisopliae para Deois flavopicta

Resumo

Foi verificado, através de bioensaios com ninfas de Deois flavopicta Stal 1854 (Homoptera, Cercopidae), o efeito de sucessivas repicagens em meio de arroz, na virulência de Metarrihizium anisopliae (Metsch.) Sorokin. Testaram-se a cepa E₉, proveniente do Estado do Espírito Santo, e o isolado J-71, obtido de infecção natural em D. flavopicta, em Jataí, GO. Em ambos casos, partiu-se de esporos retirados de cigarrinhas infectadas em laboratório, para obtenção da primeira geração em meio de arroz. Os resultados indicaram que o ponto máximo de virulência é atingido na terceira geração do fungo. Nesta geração, a percentagem de infecção das ninfas foi de 65% para a cepa E₉, e 76,6% para o isolado J-71. A partir da terceira geração, houve sensível redução na infecção das ninfas; na décima geração, a percentagem de infecção foi de 11,3% para E₉, e 16,7 para J-71. Dois dias após a inoculação do fungo, teve início a morte dos insetos. O crescimento miceliar externo iniciou-se após três a quatro dias, e a esporulação, após cinco a sete dias.