Efeito do alumínio sobre a produtividade e composição da soja
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1989.v24.16636Palavras-chave:
Glycine max, toxicidade do Al, nutrição mineralResumo
Estudou-se a influência do alumínio sobre o desenvolvimento e o teor de alguns nutrientes em soja (Glycine max (L.) Merril), procurando-se determinar alguma possível diferença na tolerância a este cátion entre as cultivares IAC-5 e Santa Rosa. Plântulas com dez dias de idade foram submetidas a 0, 4, 8, 10 e 12 ppm de Al em solução nutritiva. Após 35 dias de cultivo, coletou-se o sistema radicular, o caule e as folhas, para a determinação do peso da matéria seca e dos teores de N, P, K, Ca, Mg, Fe e Al. A parte aérea de ambas as cultivares mostrou-se mais sensível ao Al que o sistema radicular. A cultivar IAC-5 acumulou mais matéria seca que a Santa Rosa no sistema radicular em relação à parte aérea; no entanto, as duas cultivares apresentaram respostas semelhantes, ao Al. Este cátion alterou significativamente a composição mineral das plantas, reduzindo, de maneira acentuada, o teor de Ca na parte aérea, e o de P e Mg, tanto na parte aérea como no sistema radicular. Observou-se um acúmulo de Al no sistema radicular; apenas uma pequena quantidade deste elemento foi translocada para a parte aérea. Os efeitos do Al foram pouco acentuados sobre o teor de K, mas evidenciaram-se sobre a distribuição de N, que se acumulou no caule, e sobre o teor de Fe. Em presença do Al, as duas cultivares estudadas não apresentaram diferenças marcantes, quanto à eficiência nutricional, e portanto não se justifica enquadrá-las em faixas distintas de tolerância.