Epidemiologia e controle da helmintose ovina no município de Itaqui, Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1976.v11.16975Palavras-chave:
Helmintose, ovino, epidemiologia, controle, Rio Grande do Sul, mudanças estacionais na população de nematódeos, Haemonchus contortu, Trichostrongylus axei, Trichostrongylus colubriformi, Oesophagostomum columbianum, Cooperia punctata, Cooperia curticei, OResumo
O estudo epidemiológico da verminose ovina foi efetuado em Itaqui, Rio Grande do Sul, de 1966 a 1972. A média mensal da incidência dos helmintos foi correlacionada com a idade dos animais, a biologia do verme, a época do ano e os dados meteorológicos. A alta incidência de Haemonchus contortus, Trichostrongylus sp. e Oesophagostomum columhtanum aponta esses vermes como os principais causadores de prejuízos econômicos à ovinocultura da região. A ocorrência desses parasitos em níveis patogênicos verifica-se no verão e outono para o H. contortus, de meados do outono e durante o inverno para o Trichostrongylus sp. e de meados do outono até o fim da primavera para o O. columbianum. Os gêneros Ostertagía, Cooperia e Dictyocaulus carecem de importância epidemiológica devido à baixa infestação que causam e a Moniezia, porque não provoca infestação homogênea e os ovinos parasitados eliminam espontaneamente o cestódio a partir dos nove meses de idade. A importância do gênero Nematodirus ainda está por ser determinada. Com base nos dados epidemiológicos, teoricamente são necessárias, no mínimo, seis medicações anti-helmínticas anuais para manter em nível subclínico o parasitismo dos rebanhos de Itaqui.