Experiências de irrigação em cítrus, na Baixada Fluminense. I. Efeitos da irrigação sobre pomares de laranjas Piralima e Lima

Autores

  • Evandro Ferraz Duarte
  • Hélio de Oliveira Vasconcellos
  • Dirce P.P. de Souza Britto
  • Neli Rodrigues do Amaral

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1974.v9.17245

Palavras-chave:

Engenharia agrícola, efeitos da adubação x irrigação suplementar, análise pomológica

Resumo

Experimentos de irrigação foram conduzidos a partir do ano agrícola 1960/61, em pomares situados em solo Podzólico Vermelho-Amarelo, da série "Itaguaí", na Baixada Fluminense, procurando-se estudar os possíveis efeitos da prática irrigatória, realizada apenas durante os meses de inverno, sobre o comportamento das variedades de laranjas Piralima e Lima. O esquema experimental empregado foi o inteiramente casualizado, com dez repetições, e o sistema de irrigação, o de aspersão sob copa ("under tree"). As suplementações de água ao solo variaram de 50 a 325 mm por estação de rega. Após quatro anos de investigações com a variedade Piralima (1960/61 a 1963/64) e de seis anos com a variedade Lima (1965/66 a 1970/71), verificou-se que, para a primeira variedade, a irrigação com a dotação de 50 mm mensais foi a que melhor resultado apresentou, propiciando um acréscimo médio, em quatro anos, de 37 frutos por árvore. Quando o índice de precipitação pluvial durante o inverno totalizou apenas 30 mm, como aconteceu no ano agrícola 1963/64, a irrigação antecipou o início da floração da variedade Piralima de, aproximadamente, 40 dias; todavia, tal fato foi julgado de pouco interesse, visto que, não só as chuvas normais de 30 anos, na região, para a citada estação, atingem a 153 mm, como também tal antecipação só foi registrada uma vez no espaço de 10 anos. Com relação à variedade Lima, constatou-se falta de significância entre as dotações de água usadas nos dois anos (1965/66 e 1966/67) em que o experimento não foi adubado, apesar de, em 1965/66, a dotação básica (50 mm mensais) ter fornecido aumento de 139 frutos relativamente à testemunha, e esta, 78 frutos a mais que a dotação mínima (25 mm mensais). Já nos dois anos seguintes (1967/68 e 1968/69), em que a irrigação foi associada a uma adubação uniforme de 2 kg por árvore (NPK, 8-4-8), verificou-se que a melhor dotação foi a de 50 mm mensais, com um aumento de 136 frutos em relação à testemunha, isto no ano agrícola 1967/68, resultado significativo. Finalmente, foi observada falta de reação às adubações em doses duplas e quádruplas da mesma formulação supracitada, efetuadas, respectivamente, nos anos de 1969/70 e 1970/71, bem como às diferentes dotações de água empregadas, na produção de frutos e nos vários objetivos pesquisados na análise pomológica, esta realizada com frutos colhidos no ano agrícola 1969/70.

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Como Citar

Duarte, E. F., Vasconcellos, H. de O., Souza Britto, D. P. de, & Amaral, N. R. do. (2014). Experiências de irrigação em cítrus, na Baixada Fluminense. I. Efeitos da irrigação sobre pomares de laranjas Piralima e Lima. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 9(9), 11–21. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1974.v9.17245

Edição

Seção

ERRATA