Estudo de vinhos pela cromatografia em camada delgada
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1972.v7.17339Resumo
Para dirimir uma questão de direito ao uso da denominação "verde" em seus vinhos, suscitada por uma firma de Caxias do Sul, o autor reproduziu parte da legislação portuguesa sobre os vinhos verdes, próprios e característicos da região agrícola demarcada do Minho. Através dum método cromatográfico em camada delgada, estabelecido e estudado pelo autor, empregando a "Sílica gel'G" (Merck) como adsorvente e butanol-água-ácido fórmico (20:20:2,17), como solvente móvel, encerrando verde-bromo-cresol como indicador, foram cromatografados vinhos portugueses brancos e tintos, verdes e maduros, e vinhos nacionais (Caxias do Sul, S. Roque e Andradas). Do estudo comparativo, visando à natureza dos ácidos orgânicos fixos, constatou o autor que os efeitos da fermentação maloláctica foram normais na maioria dos vinhos portugueses e nacionais ensaiados, não se verificando, porém, esse efeito (degradação de ácido málico em ácido láctico) num verde branco português, certamente por excesso de SO2, que inibe a fermentação maloláctica, de primordial importância na elaboração dos vinhos, dando-lhes finura e suavidade. Dada a singeleza do método cromatográfico estudado, podendo ser executado em qualquer laboratório, verifica-se, através do mesmo, com facilidade e rapidez, o processamento da fermentação maloláctica nos vinhos, durante sua elaboração nas cantinas.