Manganês e cations permutáveis na Unidade Utinga
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1971.v6.17590Resumo
Estudos sobre a disponibilidade de macro e micronutrientes, nos solos do Nordeste, ainda são raros e insuficientes, para caracterizá-los. Os solos da unidade Utinga, próximos ao litoral, fazem parte da zona fisiográfica Litoral Mata e, sob o ponto de vista agrícola, são os mais explorados por cana-de-açúcar e cultura de subsistência, (mandioca, milho, feijão); ai a pecuária, de simples complementação monetária que era, já começa a se desenvolver. Foram escolhidos perfis representativos dos solos da unidade Utinga dos Estados de Pernambuco e Alagoas com o objetivo de estudar a caracterização desses solos, mediante a disponibilidade de elementos às plantas. Os cations permutáveis (macroelementos) foram extraídos por percolação, usando-se solução normal de CH3COONH4 a pH = 7,0, enquanto o manganês, determinado espectrofotométricamente, teve várias extrações: CH3COONH4 1N a pH = 7,0; CH3COOH 0,5N, HF e com solução alcoólica de hidroquinona a 0,05%. É baixo o conteúdo ele base trocáveis desses solos, e o Mn disponível é surpreendentemente baixo para as plantas, sendo mesmo indetectável pelo método usado, conforme dados apesentados. Horowitz e Dantas (1966) levantaram a hipótese de que é bem possível que o baixo rendimento agrícola dos solos da zona Litoral Mata de Pernambuco, mesmo quando adubados (macroelementos) e irrigados, se deva, pelo menos em parte, à deficiência do Mn e provavelmente também de outros elementos menores associados ao manganês nas rochas sedimentares (As-Co-Mo-Ni-V e Zn).