Ocorrência e distribuição em profundidade de Azotobacter e Beijerinckia em alguns perfis de solo da zona úmida de Pernambuco

Autores

  • Adalis Bezerra Campêlo
  • Luiz Bezerra de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1969.v4.17776

Resumo

Em 12 perfis de solo da Zona úmida de Pernambuco, foram coletadas amostras de 0 a 50 cm de profundidade, para se verificar a ocorrência e distribuição de bactérias fixadoras de nitrogênio, dos gêneros Azotobacter e Beijerinckia. Ditos perfis são representativos de solos podzolizados (7), latossólicos (2), aluvial (1), aluvial hidromórfico (1) e podzol hidromórfico (1). Pelos resultados obtidos constatou-se que: a) tanto o Azotobacter como o Beijerinckia foram encontrados até a profundidade de 50 cm; b) a quantidade de Azotobacter manteve-se constante, ou até aumentou com a profundidade, nos perfis que apresentavam camadas de textura leve. Nos perfis de camadas de textura média a pesada, a maior ocorrência se deu na superficial, ou na subsequente, diminuindo rapidamente com a profundidade; c) o Beikerinckia, na maioria dos perfis, foi mais abundante na segunda camada (10-20 cm), diminuindo com a profundidade; d) nas áreas com vegetação de cana-de-açúcar, em 3 dos 9 perfis estudados, não foi verificada a presença do Beijerinckia; e) o Azotobacter esteve presente conjuntamente com o Beijerinckia, em áreas com cana-de-açúcar, chegando o número do primeiro a superar o do segundo em alguns perfis; f) o Azotobacter ocorreu em várias camadas de solos com pH bastante ácido (4,2), fato este discutido na literatura. Pelo exposto, sugere-se que nos estudos de microbiologia do solo, as amostragens sejam feitas até 50 cm ou mais, de profundidade.

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Como Citar

Campêlo, A. B., & Oliveira, L. B. de. (2014). Ocorrência e distribuição em profundidade de <i>Azotobacter</i> e <i>Beijerinckia</i> em alguns perfis de solo da zona úmida de Pernambuco. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 4(1), 47–52. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1969.v4.17776