Leptospiras isoladas do camundongo Mus musculus brevirostris no Estado do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1970.v5.17856Resumo
De 116 camundongos (Mus musculus brevirostris Waterhouse, 1837) capturados no Distrito de Seropédica, Município de Itaguaí utilizados na pesquisa de leptospiras por método bacteriológico, 46 (39,6%) eram portadores de leptospiras. Foram isoladas por cultura direta 42 cêpas de rins, 6 de urina e 3 de sangue. Por inoculação de macerado de rim diluído em cobaios foram obtidas, ainda, 4 culturas positivas de sangue, 3 de urina, 4 de rim e 3 de fígado. A microscopia de campo escuro do mesmo material evidenciou a presença de leptospiras somente em 6 casos. O meio de Fletcher propiciou maior número de isolamentos, entretanto, o de Korthof evidenciou o crescimento das leptospiras mais rapidamente. Quatro cêpas isoladas, testadas por micro-aglutinação com 15 soros hiperimunes, reagiram positivamente para o sorotipo pomona. Êste sorotipo ainda não havia sido isolado de animais silvestres no Brasil. O autor acredita ser o camundongo um dos maiores reservatórios silvestres de leptospiras na região.