Efeito do fósforo, temperatura e umidade do solo na nodulação e no desenvolvimento de duas variedades de soja perene (Glycine javanica L.)
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1968.v3.17940Resumo
Foi feito um experimento em casa de vegetação com duas variedades de soja perene (Glycine javanica) sobre efeitos do fósforo, da temperatura excessiva e da umidade do solo, no estabelecimento da simbiose com Rhizobium e na produção da forragem. Observou-se aumento pronunciado da produção pela adubação com fósforo, demonstrando a necessidade de elevados níveis deste elemento (60 ppm de P2O5) já na fase inicial, ou seja, por ocasião de estabelecimento de plantas novas. Temperaturas máximas diurnas do solo entre 34 a 42°C prejudicaram sensivelmente o peso de nódulos, o nitrogênio fixado e, consequentemente, a produção de forragem e o seu teor de proteína, quando comparadas com máximas diurnas entre 29°C e 32°C. As temperaturas excessivas prejudicaram mais as plantas dos vasos com baixo nível de fósforo (20 ppm de P2O5) do que as bem supridas com este elemento. A variedade SP-1 foi mais sensível a estes efeitos que a variedade Tinaroo. As duas variedades também mostraram comportamento fisiológico diferente em relação às temperaturas excessivas em solos com umidades diferentes. Na variedade Tinaroo o efeito da temperatura aumentou com o acréscimo de umidade, enquanto na variedade SP-1 o maior efeito da temperatura foi na umidade intermediária. A variedade SP-1 se mostrou mais sensível aos diversos efeitos ambientais, como sua nodulação e produção foram também inferiores aos da variedade Tinaroo em todos os tratamentos.