Dormência de gemas em macieira após flutuações térmicas

Autores

  • Rafael Anzanello UFRGS
  • Flávio Bello Fialho Embrapa Uva e Vinho
  • Henrique Pessoa dos Santos Embrapa Uva e Vinho
  • Homero Bergamaschi Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Gilmar Arduino Bettio Marodin Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2014.v49.19087

Palavras-chave:

Malus domestica, brotação, horas de frio, mudanças climáticas, modelos de dormência, endodormência

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de ondas de calor sobre a evolução da dormência de gemas de macieiras com necessidades contrastantes de frio hibernal. Brindilas de macieiras 'Castel Gala' e 'Royal Gala' foram coletadas de pomares em Papanduva, SC, e expostas à temperatura constante (3°C) ou alternada (3 e 15°C, por 12/12 horas), combinadas com zero, um ou dois dias por semana a 25°C. Dois outros tratamentos foram avaliados: temperatura constante (3°C), com onda de calor de sete dias a 25°C, no início ou no meio do período experimental. Periodicamente, parte das brindilas era transferida para 25°C, para avaliação da brotação das gemas apicais e laterais. A endodormência (dormência induzida pelo frio) foi superada com menos de 330 horas de resfriamento (HF) constante em 'Castel Gala' e menos de 618 HF em 'Royal Gala'. Um ciclo diário de temperatura a 15°C não afetou o processo de endodormência. Ondas de calor de 25°C durante a endodormência resultaram em aumento de HF para atender à necessidade das gemas. O efeito negativo da alta temperatura dependeu da duração desta condição. O resfriamento foi parcialmente anulado durante a dormência, quando a onda de calor durou 36 horas contínuas ou mais. Portanto, os modelos de predição da brotação necessitam de ajustes, principalmente para regiões com invernos amenos e irregulares, como os do Sul do Brasil.

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Publicado

2014-07-30

Como Citar

Anzanello, R., Fialho, F. B., Santos, H. P. dos, Bergamaschi, H., & Marodin, G. A. B. (2014). Dormência de gemas em macieira após flutuações térmicas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 49(6), 457–464. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2014.v49.19087

Edição

Seção

FRUTICULTURA