Seleção de espécies de abelhas para avaliação de risco ambiental de algodoeiro GM no Cerrado brasileiro

Autores

  • Carmen Sílvia Soares Pires Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia, Laboratório de Bioecologia e Semioquímicos
  • Fernando Amaral Silveira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Carolina Ferreira Cardoso Universidade Federal de Minas Gerais
  • Edison Ryotii Sujii Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
  • Debora Pires Paula Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
  • Eliana Maria Gouveira Fontes
  • Joseane Padilha da Silva
  • Sandra Maria Morais Rodrigues
  • David Alan Andow University of Minnesota

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2014.v49.19095

Palavras-chave:

Gossypium hirsutum, diversidade biológica, avaliação de risco ambiental, serviços de polinização, culturas transgênicas, abelhas silvestres

Resumo

O objetivo deste trabalho foi listar espécies de abelhas candidatas potenciais para análise de risco ambiental (ARA) de algodoeiros geneticamente modificados (GM) e identificar as espécies de abelhas mais adequadas para essa finalidade, de acordo com sua abundância e distribuição geográfica. Inventários de abelhas em flores de algodoeiro foram realizados nos estados da Bahia e do Mato Grosso, e no Distrito Federal. Durante 344 horas de amostragem, foram coletadas 3.470 abelhas de 74 espécies, em oito locais. Apis mellifera dominou as assembleias de abelhas em todos os locais. A amostragem em dois locais que não receberam aplicação de inseticidas foi suficiente para identificar as três species de abelhas silvestres mais comuns e de distribuição geográfica mais ampla: Paratrigona lineata, Melissoptila cnecomola e Trigona spinipes, as quais poderiam ser usadas como indicadoras de serviços de polinização na ARA. A ordenação indireta de espécies silvestres comuns revelou que os inseticidas reduziram o número de espécies de abelhas nativas e que a variação interanual nas assembleias de abelhas pode ser baixa. As curvas de acumulação de espécies raras de abelhas não saturaram, conforme esperado em regiões tropicais e megadiversas. As abordagens baseadas em espécies são limitadas para avaliar os impactos negativos de algodoeiros GM sobre a diversidade biológica de polinizadores. A taxa de acumulação de espécies raras de abelhas, no entanto, pode ser útil para avaliar os possíveis efeitos negativos de algodoeiros GM sobre a diversidade de abelhas.

Biografia do Autor

Fernando Amaral Silveira, Universidade Federal de Minas Gerais


 

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Publicado

2014-08-28

Como Citar

Pires, C. S. S., Silveira, F. A., Cardoso, C. F., Sujii, E. R., Paula, D. P., Fontes, E. M. G., … Andow, D. A. (2014). Seleção de espécies de abelhas para avaliação de risco ambiental de algodoeiro GM no Cerrado brasileiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 49(8), 573–586. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2014.v49.19095

Edição

Seção

ECOLOGIA