Respostas ecofisiológicas de cafeeiros submetidos ao deficit hídrico para concentração da florada no Cerrado de Minas Gerais

Autores

  • Cláudio Pagotto Ronchi Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal
  • Fernando Couto de Araújo SENAR/AR-GO
  • Wellington Luiz de Almeida Universidade Federal de Viçosa- Campus Rio Paranaíba
  • Max Afonso Alves da Silva Projeto Educampo Assocafe/Sebrae
  • Carlos Eduardo de Oliveira Magalhães Valoriza Agronegócios
  • Leandro Barbosa de Oliveira Universidade Federal de Viçosa- Campus Rio Paranaíba
  • Luis Cesar Dias Drumond Universidade Federal de Viçosa- Campus Rio Paranaíba

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2015.v50.19790

Palavras-chave:

Coffea arabica, floração, irrigação, trocas gasosas

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes períodos de imposição do deficit hídrico sobre a concentração da florada do cafeeiro (Coffea arabica), bem como sobre as trocas gasosas, a produtividade, a maturação e a qualidade dos grãos. As cultivares Catuaí Vermelho IAC 144 e Bourbon Amarelo J9 foram avaliadas conforme os seguintes tratamentos: não irrigado (NI), irrigado continuamente (IC), e suspensão da irrigação em 1/7/2010 (D1) e em 1/8/2010 (D2), com retorno desta em 24/9/2010. Cerca de três dias após a retomada da irrigação, registrou-se a ocorrência de uma “chuva de florada”, com precipitação de 69 mm. O potencial hídrico foliar de antemanhã (Yam) nas cultivares Catuaí Vermelho IAC 144 e Bourbon Amarelo J9, em 22/9, foi de ‑0,59 e ‑0,82 MPa, ‑0,53 e ‑0,79 MPa, e ‑0,34 e ‑0,49 MPa, para os tratamentos NI, D1 e D2, respectivamente. O percentual máximo de botões florais no estádio E4, imediatamente antes da ocorrência da chuva, não foi afetado pelos níveis de deficit impostos durante o inverno, independentemente das cultivares. Os níveis moderados de deficit hídrico impostos pelos tratamentos (Yam ~ ‑0,80 MPa) produziram pouco ou nenhum efeito sobre as trocas gasosas, a taxa de florescimento ou a uniformidade de maturação – percentagem de cerejas de 66% –, e a produtividade e a classificação dos grãos, de ambas as cultivares. O efeito dos diferentes tratamentos sobre o status hídrico dos botões florais não se sobrepõe ao efeito da chuva de florada, que foi determinante para sua abertura.

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Publicado

2015-01-28

Como Citar

Ronchi, C. P., Araújo, F. C. de, Almeida, W. L. de, Silva, M. A. A. da, Magalhães, C. E. de O., de Oliveira, L. B., & Drumond, L. C. D. (2015). Respostas ecofisiológicas de cafeeiros submetidos ao deficit hídrico para concentração da florada no Cerrado de Minas Gerais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 50(1), 24–32. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2015.v50.19790

Edição

Seção

FISIOLOGIA VEGETAL