Horizontes diagnósticos superficiais de Cambissolos e uso de δ13C como atributo complementar na classificação de solos
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2016.v51.22224Palavras-chave:
análise isotópica, atributo diagnóstico, horizonte A húmico, Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, solos subtropicais de altitudeResumo
perfis de Cambissolos localizados em regiões de elevada altitude, em Santa Catarina, bem como propor a utilização complementar desse atributo no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). Foram realizadas coletas de amostras de horizontes superficiais de 24 perfis modais para a caracterização de atributos físicos e químicos. Para a determinação do δ13C, as coletas foram feitas nas camadas de
0,0–0,10, 0,10–0,20, 0,20–0,30, 0,30–0,40, 0,40–0,50, 0,50–0,60, 0,60–0,80 e 0,80–1,00 m. Predominaram os
Cambissolos Háplicos com horizonte diagnóstico superficial A moderado e elevados teores de carbono orgânico total (COT). Os elevados valores de COT, no entanto, frequentemente não foram suficientes para classificação dos horizontes superficiais como A húmico, em razão de sua pequena espessura. Nos solos classificados como A húmico, os valores de δ13C revelaram pequena alteração na assinatura isotópica, indício de manutenção da vegetação; enquanto nos solos com A moderado observaram-se alterações decorrentes do cultivo. Sugere-se
o uso de δ13C como atributo complementar para o SiBCS, e que o atributo profundidade seja desconsiderado, para fins de classificação, no caso de: alterações no uso do solo em áreas com declividade superior a 8%, solos rasos e pouco profundos, textura argilosa a muito argilosa e teores de COT superiores a 3%.