Teor residual de fipronil no solo para o controle de Oryzophagus oryzae em cultivos subsequentes de arroz irrigado
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2017.v52.23079Palavras-chave:
Oryza sativa, fipronil-sulfeto, inseticida, gorgulho-aquáticoResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial do teor residual de fipronil (i.a.), em solo de arroz irrigado por inundação, para o controle de Oryzophagus oryzae (Coleoptera: Curculionidae), em cultivos subsequentes. Em 2010/2011, instalaram-se talhões (25x55 m) com três tratamentos: 30 g de fipronil (i.a.) 100 kg-1 de sementes; mistura de 1/3 de sementes tratadas (30 g de fipronil 100 kg-1 de sementes) com 2/3 de sementes não tratadas equivalentes a 10 g de fipronil (i.a.) 100 kg-1 de sementes; e testemunha sem inseticida. Os talhões foram replantados em 2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014 sem qualquer aplicação de inseticida. Avaliaram-se as seguintes variáveis: número de larvas e adultos, emergentes de amostras-padrão de solo e raízes, e produção de grãos. Em 2011/2012 e 2012/2013, avaliaram-se as concentrações de fipronil e de seus resíduos no solo dos talhões, por meio de cromatografia líquida e espectrofotometria de massa, tendo-se detectado o metabólito fipronil-sulfeto (≤ 1,1 µg kg-1). Nas três safras, após o uso de sementes tratadas com 10 e 30 g de fipronil, a infestação larval média de O. oryzae foi 65,2 e 96,1% menor, e a produtividade média do arroz 16,9 e 25,5% maior do que no talhão testemunha, respectivamente. O teor residual de fipronil no solo principalmente o da maior dose, controla eficazmente o inseto.
