Impacto dos fatores de produção e bem-estar animal sobre a frequência de ordenha robotizada
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2018.v53.23810Palavras-chave:
cortisol, sistema free stall, lactação, produção de leite, sistema voluntário de ordenhaResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto dos fatores de produção na frequência de ordenha e a influência desta sobre o bem-estar animal em ordenha robótica. O experimento foi realizado com vacas da raça Holandesa confinadas em “free stall”. Para a avaliação do impacto dos fatores de produção, foram determinados escore corporal, produção de leite e consumo de concentrado. Na determinação dos efeitos da frequência de ordenha sobre o bem-estar, foram avaliados os escores de locomoção e de tetos e o cortisol sérico. Formaram-se três grupos experimentais de acordo com a frequência média diária de ordenha: 1,0 a 1,9; 2,1 a 2,9 e acima de 3,0 ordenhas. A diminuição da frequência de ordenha durante a lactação foi relacionada à redução do consumo de concentrado e da produção de leite. Já o aumento da frequência de ordenha foi relacionado à redução do fluxo de leite e ao aumento da duração da ordenha. A frequência de ordenha foi influenciada por consumo de concentrado, problemas de locomoção, produção de leite e estágio de lactação. O nível de cortisol e as condições de tetos não foram afetados pela freqüência de ordenha. A frequência de ordenha tem impacto no fluxo de leite, na duração da ordenha e na composição do leite; porém, não há efeito sobre os indicadores de bem-estar animal.