Fator de emissão de metano em depósitos abertos utilizados para armazenar dejetos suínos no Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2018.v53.24349Palavras-chave:
produção animal, fator de emissão, aquecimento global, gases de efeito estufa, manejo de dejetosResumo
O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma linha de base do fator de emissão de metano para o manejo de dejetos suínos, ao se considerar a prática atual de armazenamento de dejetos sólidos em dois depósitos abertos paralelos, no Sul do Brasil. As emissões de metano (CH4) foram medidas continuamente em três tanques de PVC de 3 m3, durante 180 dias, no verão. Como o conteúdo de sólidos voláteis dos dejetos esgotou-se em aproximadamente 130 dias, calculou-se o fator de emissão de CH4 dos dejetos como B0 = 0,48 m3 kg-1 VS. Embora este valor seja superior ao B0 estimado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas para a América Latina (0,29 m3 kg-1 VS), ele está de acordo com o B0 estimado para países desenvolvidos (0,45 e 0,48 m3 kg-1 VS, para EUA e UE, respectivamente). O gráfico de emissão acumulada de C-CH4 x tempo ajustou-se a um modelo cinético sigmoidal (r2= 0,998), que apresentou boa correlação quando testado com dados coletados de um depósito de dejetos em condições de campo, no inverno. Isto sugere que o modelo reproduz a cinética de emissão do CH4 na região. Pela aplicação das regras revisadas da lei estadual (tempo de retenção de 50 dias, em substituição a 120 dias), as estimativas pela equação sigmoidal mostram que é possível reduzir em mais de 80% a emissão de gás metano.Downloads
Publicado
2018-08-23
Como Citar
Sardá, L. G., Higarashi, M. M., Nicoloso, R. da S., Oliveira, P. A. V. de, Falkoski, C., Ribeiro, S. M. S., & Coldebella, A. (2018). Fator de emissão de metano em depósitos abertos utilizados para armazenar dejetos suínos no Sul do Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 53(6), 657–663. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2018.v53.24349
Edição
Seção
AGROMETEOROLOGIA