Perfis nutricionais e lipídicos dos músculos dorsal e ventral em pirarucus selvagens
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2017.v52.24774Palavras-chave:
Arapaima gigas, ácidos graxos, qualidade lipídica da carne, Hufa n-3, n-3/n-6, peixe nutracêuticoResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição proximal e de ácidos graxos dos músculos dorsal e ventral em pirarucus (Arapaima gigas) selvagens, capturados em um lago amazônico brasileiro. Os músculos dorsal e ventral foram dissecados, liofilizados, embalados a vácuo, e sua composição proximal e de ácidos graxos foram analisadas. Cinzas, proteínas totais e lipídeos foram inversamente proporcionais à umidade e apresentaram teores maiores no músculo ventral. Foram quantificados 27 ácidos graxos em ambos os músculos sem diferença significativa entre eles, exceto para os ácidos heneicosílico, palmitoleico, γ-linolênico e dihomo-γ-linolênico. Ácidos graxos saturados e monoinsaturados predominaram em ambos os músculos. O ácido eicosapentaenoico (EPA) e o docosahexaenoico (DHA) foram quantitativamente similares 9,25 (dorsal) a 10,14 (ventral) e 8,50 (dorsal) a 10,63 (ventral) mg g-1 do total de lipídeos, respectivamente. O conteúdo de EPA+DHA nos músculos dorsal e ventral foi 113,25 e 165,78 mg 100 g-1, respectivamente. A proporção de ácidos graxos poli-insaturados/ saturados (0,54 e 0,59 para os músculos dorsal e ventral, respectivamente), n-3/n-6 (0,20 e 0,21) e hipocolesterolêmicos/ hipercolesterolêmicos (1,41 e 1,45), assim como os índices de aterogenicidade (0,59 e 0,53) e trombogenicidade (1,02 e 0,94), indicam que o músculo do pirarucu pode ser considerado uma boa fonte dietética de EPA+DHA, e a qualidade nutricional de seus lipídios pode ser benéfica para a saúde humana.Downloads
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Publicado
2017-05-08
Como Citar
Amaringo Cortegano, C. A. A., Godoy, L. C. de, Petenuci, M. E., Visentainer, J. V., Affonso, E. G., & Gonçalves, L. U. (2017). Perfis nutricionais e lipídicos dos músculos dorsal e ventral em pirarucus selvagens. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 52(4), 271–276. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2017.v52.24774
Edição
Seção
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
