Perfis nutricionais e lipídicos dos músculos dorsal e ventral em pirarucus selvagens

Autores

  • Carlos Andre Andre Amaringo Cortegano Universidade Nilton Lins, Programa de Pós-Graduação em Aquicultura, Avenida Professor Nilton Lins, no 3259, Parque das Laranjeiras, CEP 69058-030 Manaus, AM.
  • Leandro Cesar de Godoy Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Zootecnia, Avenida Bento Gonçalves, no 7.712, CEP 91540-000 Porto Alegre, RS.
  • Maria Eugênia Petenuci Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Química, Avenida Colombo, no 5.790, CEP 87020-900 Maringá, PR.
  • Jesuí Vergílio Visentainer Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Química, Avenida Colombo, no 5.790, CEP 87020-900 Maringá, PR.
  • Elizabeth Gusmão Affonso Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Avenida André Araújo, no 2.936, CEP 69060-001 Manaus, AM.
  • Ligia Uribe Gonçalves Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Avenida André Araújo, no 2.936, CEP 69060-001 Manaus, AM.

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2017.v52.24774

Palavras-chave:

Arapaima gigas, ácidos graxos, qualidade lipídica da carne, Hufa n-3, n-3/n-6, peixe nutracêutico

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição proximal e de ácidos graxos dos músculos dorsal e ventral em pirarucus (Arapaima gigas) selvagens, capturados em um lago amazônico brasileiro. Os músculos dorsal e ventral foram dissecados, liofilizados, embalados a vácuo, e sua composição proximal e de ácidos graxos foram analisadas. Cinzas, proteínas totais e lipídeos foram inversamente proporcionais à umidade e apresentaram teores maiores no músculo ventral. Foram quantificados 27 ácidos graxos em ambos os músculos sem diferença significativa entre eles, exceto para os ácidos heneicosílico, palmitoleico, γ-linolênico e dihomo-γ-linolênico. Ácidos graxos saturados e monoinsaturados predominaram em ambos os músculos. O ácido eicosapentaenoico (EPA) e o docosahexaenoico (DHA) foram quantitativamente similares 9,25 (dorsal) a 10,14 (ventral) e 8,50 (dorsal) a 10,63 (ventral) mg g-1 do total de lipídeos, respectivamente. O conteúdo de EPA+DHA nos músculos dorsal e ventral foi 113,25 e 165,78 mg 100 g-1, respectivamente. A proporção de ácidos graxos poli-insaturados/ saturados (0,54 e 0,59 para os músculos dorsal e ventral, respectivamente), n-3/n-6 (0,20 e 0,21) e hipocolesterolêmicos/ hipercolesterolêmicos (1,41 e 1,45), assim como os índices de aterogenicidade (0,59 e 0,53) e trombogenicidade (1,02 e 0,94), indicam que o músculo do pirarucu pode ser considerado uma boa fonte dietética de EPA+DHA, e a qualidade nutricional de seus lipídios pode ser benéfica para a saúde humana.

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Publicado

2017-05-08

Como Citar

Amaringo Cortegano, C. A. A., Godoy, L. C. de, Petenuci, M. E., Visentainer, J. V., Affonso, E. G., & Gonçalves, L. U. (2017). Perfis nutricionais e lipídicos dos músculos dorsal e ventral em pirarucus selvagens. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 52(4), 271–276. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2017.v52.24774

Edição

Seção

TECNOLOGIA DE ALIMENTOS