Elementos-traço metálicos em mexilhões da Ilha Urubuqueçaba, na Baía de Santos, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2017.v52.25217Palavras-chave:
Perna perna, moluscos bivalves, bioacumulação, sazonalidadeResumo
O objetivo deste trabalho foi verificar a existência de bioacumulação em mexilhões da espécie Perna perna, por meio da determinação da concentração dos elementos-traço metálicos, na Ilha Urubuqueçaba, na Baía de Santos, Santos, SP, Brasil. Os mexilhões foram coletados em bancos naturais e costão rochoso, e as amostragens ocorreram no período de abril de 2010 a junho de 2011. A concentração dos elementos-traço metálicos – alumínio, cádmio, cromo, cobre, ferro, manganês, níquel, chumbo e zinco – foi determinada de acordo com o sexo, o comprimento e as classes de sazonalidade do mexilhão, em espectrômetro de absorção atômica de chama. Análises estatísticas foram aplicadas aos resultados com o uso do programa PAST, com abordagens paramétricas e não paramétricas, a 5% de probabilidade. No verão, os mexilhões apresentam as maiores concentrações de cádmio, cobre, chumbo e zinco. As fêmeas de P. perna concentram mais cobre; quanto aos demais elementos, não há diferenças significativas entre os sexos. As classes de comprimento que apresentam maiores concentrações são a de 3,5–5,5 cm para Al e Fe, e a de 6,5–8,5 cm para Cr.