Fitotoxicidade na cultura de soja causada por deriva simulada de dicamba
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2021.v56.26912Palavras-chave:
Glycine max, estádio fenológico, sintomatologia, auxina sintética, produtividadeResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar os sintomas de injúria em soja não tolerante ao dicamba (ácido 3,6-dicloro-2-metoxibenzóico), bem como a produtividade da cultura, após a aplicação de subdoses do herbicida para simulação da deriva física em condições tropicais. Doses de dicamba de 0, 5,8, 14,4, 28,8, 57,6 e 576 g de equivalente ácido por hectare foram aplicadas nos estádios vegetativo (V3) e reprodutivo (R1) da soja, com uso de pulverizador costal acionado por CO2, dotado de pontas de jato plano com indução de ar; a pressão e a taxa de aplicação foram de 250 kPa e 200 L ha-1, respectivamente. Foram avaliados injúria visual, índice “soil-plant analysis development” (SPAD) (teor de clorofila das folhas) aos 14 dias após a aplicação do herbicida e produtividade da cultura de soja. Essas variáveis foram influenciadas pelo estádio da cultura em que as doses de dicamba foram aplicadas. Doses inferiores a 28,8 g ha-1 causaram menor injúria na soja quando aplicadas no estádio R1; contudo, não houve diferenças de produtividade entre os estádios. A deriva de dicamba de 1%, em condições tropicais, reduz a produtividade da soja em 12%.