Conteúdo de compostos fenólicos em mel monofloral de aroeira e no tecido do nectário floral

Autores

  • Lívia Cristina de Paiva Gardoni Fundação Ezequiel Dias, Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, Rua Conde Pereira Carneiro, n.º 80, Gameleira, CEP 30510-010 Belo Horizonte, MG.
  • Rânia Mara Santana Fundação Ezequiel Dias, Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, Rua Conde Pereira Carneiro, n.º 80, Gameleira, CEP 30510-010 Belo Horizonte, MG.
  • Júlio César Moreira Brito Fundação Ezequiel Dias, Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, Rua Conde Pereira Carneiro, n.º 80, Gameleira, CEP 30510-010 Belo Horizonte, MG.
  • Laurenice Xavier Ramos Fundação Ezequiel Dias, Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, Rua Conde Pereira Carneiro, n.º 80, Gameleira, CEP 30510-010 Belo Horizonte, MG.
  • Leonardo Allan Araújo Fundação Ezequiel Dias, Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, Rua Conde Pereira Carneiro, n.º 80, Gameleira, CEP 30510-010 Belo Horizonte, MG.
  • Esther Margarida Alves Ferreira Bastos Probee, Rua Apucarana, n.º 136, Ouro Preto, CEP 31310-520 Belo Horizonte, MG, Brazil.
  • Paula Calaça Fundação Ezequiel Dias, Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento, Rua Conde Pereira Carneiro, n.º 80, Gameleira, CEP 30510-010 Belo Horizonte, MG.

Palavras-chave:

Apis mellifera, Astronium urundeuva, abelha africanizada, testes histoquímicos.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi quantificar os compostos fenólicos totais no mel monofloral de aroeira (Astronium urundeuva) e verificar, por meio de testes histoquímicos, se estes compostos estão presentes nos tecidos florais. O apiário, com abelhas Apis mellifera, foi instalado em meio a aroeiras, na região do semiárido do estado de Minas Gerais, Brasil. A partir da anatomia das flores e da raque da inflorescência, observou-se epiderme ornamentada, tricomas tectores e glandulares, idioblastos e sistema secretor desenvolvido. O mel de aroeira apresenta, em média, 142.5±22.6 mg 100 g-1 de compostos fenólicos totais, valor considerado muito elevado quando comparado aos de outros méis monoflorais provenientes do Brasil e do mundo. Os testes histoquímicos detectaram a presença de substâncias fenólicas nos idioblastos e nos ductos secretores associados ao floema nos tecidos florais, especialmente no parênquima nectarífero, na epiderme e nos tricomas glandulares. Os compostos fenólicos estão presentes no tecido floral de ambos os morfos florais, principalmente no nectário onde as abelhas coletam o néctar. Os resultados obtidos são os primeiros, na literatura, indicativos de que os compostos fenólicos produzidos pelas árvores de aroeira são transferidos através do néctar para o mel. Este estudo contribui para o estabelecimento de padrões de qualidade do mel de aroeira e para a identificação da sua origem botânica.

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Publicado

2022-09-20

Como Citar

Gardoni, L. C. de P., Santana, R. M., Brito, J. C. M., Ramos, L. X., Araújo, L. A., Bastos, E. M. A. F., & Calaça, P. (2022). Conteúdo de compostos fenólicos em mel monofloral de aroeira e no tecido do nectário floral. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 57(Z), e02802. Recuperado de https://apct.sede.embrapa.br/pab/article/view/27133