Desafios na conservação e no manejo de áreas de reserva legal em ecossistemas campestres e savânicos brasileiros frente às mudanças climáticas globais

Autores

  • Walfrido Moraes Tomas Embrapa Pantanal, Rua 21 de Setembro, no 1.880, Nossa Senhora de Fatima, Caixa Postal 109, CEP 79320-900 Corumbá, MS.
  • Rodrigo Baggio Baggio: Topografia e Meio Ambiente, Rua São Leopoldo, no 650, CEP 93180-000 Portão, RS.
  • Christian Niel Berlinck Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, Estrada Municipal Hisaichi Takebayashi, no 8.600, Bairro da Usina, CEP 12952-011 Atibaia, SP.
  • André Restel Camilo Instituto de Pesquisas Ecológicas, Rodovia Dom Pedro I, Km 47, Caixa Postal 47, CEP 12960-000 Nazaré Paulista, SP.
  • Catia Nunes da Cunha Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas, Campus da Universidade Federal de Mato Grosso, Avenida Fernando Corrêa da Costa, no 2.367, Boa Esperança, CEP 78060-900 Cuiabá, MT.
  • Geraldo Damasceno-Junior Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Instituto de Biociências, Avenida Costa e Silva, s/no, Bairro Universitário, Cidade Universitária, CEP 79002-970 Campo Grande, MS.
  • Giselda Durigan Instituto de Pesquisas Ambientais, Floresta Estadual de Assis, Estrada Assis-Lutécia, Km 09, Zona Rural, Caixa Postal 104, CEP 19802-300 Assis, SP.
  • Rodrigo Dutra-Silva Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Rua Miguel Teixeira, no 126, Cidade Baixa, CEP 90050-250 Porto Alegre, RS.
  • Alessandra Fidelis Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Biodiversidade, Laboratório de Ecologia Vegetal, Avenida 24A, no 1.515, CEP 13506-900 Rio Claro, SP.
  • Letícia Couto Garcia Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Instituto de Biociências, Avenida Costa e Silva, s/no, Bairro Universitário, Cidade Universitária, CEP 79002-970 Campo Grande, MS.
  • Heitor Miraglia Herrera Universidade Católica Dom Bosco, Avenida Tamandaré, no 6.000, Jardim Seminário, CEP 79117-900 Campo Grande, MS.
  • Renata Libonati Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Departamento de Meteorologia, Avenida Athos da Silveira Ramos, no 274, Cidade Universitária, CEP 21941-916 Rio de Janeiro, RJ.
  • José Antonio Marengo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Parque Tecnológico São José dos Campos, Estrada Dr. Altino Bondesan, no 500, Distrito de Eugênio de Melo, CEP 12247-016 São José dos Campos, SP.
  • Maxwell da Rosa Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas, Laboratório de Macroecologia, Avenida Presidente Antônio Carlos, no 6.627, Pampulha, CEP 31270-901 Belo Horizonte, MG.
  • Gerhard Ernst Overbeck Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biociências, Departamento de Botânica, Avenida Bento Gonçalves, no 9.500, Agronomia, CEP 91501-970 Porto Alegre, RS.
  • Alexandre de Matos Martins Pereira Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Rua Euclides da Cunha, no 975, Centro, CEP 79020-230 Campo Grande, MS.
  • Valério De Patta Pillar Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Biociências, Centro de Ecologia, Departamento de Ecologia, Avenida Bento Gonçalves, no 9.500, Agronomia, CEP 91501-970 Porto Alegre, RS.
  • Vânia Regina Pivello Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências, Departamento de Ecologia, Rua do Matão, Travessa 14, no 321, Butantã, CEP 05508-090 São Paulo, SP.
  • Danilo Bandini Ribeiro Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Instituto de Biociências, Avenida Costa e Silva, s/no, Bairro Universitário, Cidade Universitária, CEP 79002-970 Campo Grande, MS.
  • José Felipe Ribeiro Embrapa Cerrados, BR 020, Km 18, Zona Rural, Caixa Postal 08233, CEP 73310-970 Brasília, DF.
  • Alexandre Bonesso Sampaio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado, EQSW 103/104, Bloco C, Complexo Administrativo, Setor Sudoeste, CEP 70670-350 Brasília, DF.
  • Antonio dos Santos Junior Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Rondônia, Campus Porto Velho Calama, Avenida Calama, no 4.985, Flodoaldo Pontes Pinto, CEP 76820-441 Porto Velho, RO.
  • Isabel Belloni Schmidt Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, Campus Universitário Darcy Ribeiro, CEP 70910-900 Brasília, DF.
  • Balbina Maria Araújo Soriano Embrapa Pantanal, Rua 21 de Setembro, no 1.880, Nossa Senhora de Fatima, Caixa Postal 109, CEP 79320-900 Corumbá, MS.
  • Liliani Marilia Tiepolo Universidade Federal do Paraná, Setor Litoral, Rua Jaguariaíva, no 512, Caiobá, CEP 83260-000 Matinhos, PR.
  • Thiago Philipe de Camargo e Timo Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso do Sul/Embrapa Pantanal, Rua 21 de Setembro, no 1.880, Nossa Senhora de Fatima, Caixa Postal 109, CEP 79320-900 Corumbá, MS.
  • Catia Urbanetz Embrapa Pantanal, Rua 21 de Setembro, no 1.880, Nossa Senhora de Fatima, Caixa Postal 109, CEP 79320-900 Corumbá, MS.
  • Daniel Luis Mascia Vieira Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, Avenida W5 Norte (Final), Caixa Postal 02372, CEP 70770-917 Brasília, DF.
  • Bruno Machado Teles Walter Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, Avenida W5 Norte (Final), Caixa Postal 02372, CEP 70770-917 Brasília, DF.

Palavras-chave:

biodiversidade, biomassa combustível, fogo, incêndio, manejo integrado de fogo, pastejo, uso sustentável

Resumo

As áreas de reserva legal (ARLs) são parte fundamental da estratégia
brasileira de conservação, juntamente com as áreas de preservação permanente. As ARLs são destinadas à manutenção da biodiversidade e podem ser manejadas de forma sustentável. Quando essas áreas abrigam ecossistemas dependentes de fogo e pastejo, como os campos nativos e as savanas, devem ser adotadas práticas de manejo adequadas à sua conservação e ao enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas globais. No entanto, esse assunto ainda é pouco discutido no Brasil, e as políticas públicas não são claras a esse respeito. Este artigo de revisão descreve os ecossistemas campestres e savânicos no Brasil, os aspectos legais relacionados com o manejo das ARLs, os cenários climáticos atuais e futuros, e a relação entre clima e risco de incêndios. Também apresenta uma revisão sobre o uso do fogo e do pastejo em ecossistemas campestres e savânicos, os desafios legais relativos à sua aplicação nas ARLs e o uso de geotecnologias no monitoramento destas práticas. Conclui-se que o pastejo e o fogo, como instrumentos de manejo, são adequados às funções das ARLs, desde que praticados segundo normas legais e cientificamente embasadas para evitar os efeitos negativos do seu uso equivocado.

Publicado

2024-09-27

Como Citar

Tomas, W. M., Baggio, R., Berlinck, C. N., Camilo, A. R., Cunha, C. N. da, Damasceno-Junior, G., … Walter, B. M. T. (2024). Desafios na conservação e no manejo de áreas de reserva legal em ecossistemas campestres e savânicos brasileiros frente às mudanças climáticas globais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 59(AB), e03491. Recuperado de https://apct.sede.embrapa.br/pab/article/view/27779