Risco de secas para a cultura da soja no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1992.v27.3702Palavras-chave:
<i>Glycine max</i>, frustração de safra, secas, planejamento agrícolaResumo
Utilizando métodos desenvolvidos anteriormente - balanço hídrico diário e respectivo índice de seca para soja (Glycine max. Merril) -, foi estabelecido um modelo clima-rendimento-tecnologia, com R2 = 0,94, visando avaliar os riscos das secas para o rendimento da soja no Rio Grande do Sul. Índice de seca igual a 40 determina decréscimos importantes no rendimento, ocorrendo com uma probabilidade de 1 a 95 vezes cada 100 anos, conforme a região. Índice de seca igual ou superior a 68, causa frustração de safra, ocorrendo 95 vezes cada 100 a 1 vez cada 1000 anos, conforme a região. No clima mais seco do sul do Estado, em solos com 200 mm ou mais de capacidade de água disponível, as secas fortes ocorrem uma vez cada 1000 anos, e nos solos com menor capacidade de água disponível, as secas podem ocorrer até 95 vezes cada 100 anos. No clima chuvoso do norte do Estado, a probabilidade varia de cinco vezes cada 100 anos (Missões) a uma vez cada 1000 anos (Planalto, Serra do Nordeste) nos solos predominantes da região.