Modelagem da precipitacão efetiva na cultura do milho
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1994.v29.4135Palavras-chave:
irrigação suplementar, umidade medida, umidade simulada, <i>Zea mays</i>Resumo
Com o objetivo de simular a precipitação efetiva para fins de irrigação suplementar, desenvolveu-se um modelo embasado nas propriedades físico-hídricas do solo, nas características de cada chuva, nas condições de evapotranspiração da cultura e nas perdas por interceptação foliar. Para calcular a redistribuição de água no solo e as perdas por percolação, usou-se a equação de Darcy. Para calcular a condutividade hidráulica não saturada do solo, usou-se a equação de Cambell. Para simular a interceptação foliar, ajustou-se uma equação potencial, a partir dos dados medidos de interceptação foliar de 21 chuvas, tomadas no período de 7 de dezembro de 1991 a 22 de janeiro de 1992, na cidade de Viçosa, MG. Em todo o ciclo da cultura (115 dias), o total precipitado foi de 941,2 mm, e a interceptação foliar simulada foi de 243,2 mm, correspondendo a 26% do total. Verificou-se que 75% dos desvios entre a umidade medida e a simulada foram menores que 10%, o que leva a crer que o modelo possa ser utilizado para calcular a precipitação efetiva, em intervalos de tempo maiores ou iguais a 30 dias, para o planejamento de projetos de irrigação.