Atividade de flavonóides sobre esporos do fungo micorrízico Gigaspora gigantea in vitro
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1996.v31.4513Palavras-chave:
fungos do solo, metabólitos vegetais, relação planta-microrganismos, micorrizas, sinais molecularesResumo
Os flavonóides vegetais, além de atuarem em diversos processos do crescimento e desenvolvimento das plantas, são bastante ativos na relação planta-microrganismos. Na simbiose rizóbio-legurninosas, por exemplo, eles atuam como sinais moleculares, ativando a transcrição de genes essenciais na interação bactéria-planta. Apesar da ação estimulante de alguns flavonóides, seus efeitos sobre os fungos micorrízicos são ainda pouco conhecidos. No presente trabalho, conduzido na Universidade Federal de Lavras-UFLA-, avaliaram-se os efeitos de sete flavonóides vegetais sintéticos sobre a germinação e crescimento micelial do fungo micorrízico arbuscular Gigaspora gigantea in vitro. Os flavonóides foram testados em concentrações de 1, 2, 4 e 8 µM em meio agar-água 1%. Todos os flavorióides estudados mostraram-se ativos em pelo menos um dos parâmetros avaliados. A germinação dos esporos foi estimulada pela formononetina e hesperetina a 2 µM e inibida pela primeira em concentração de 8 µM. O número de tubos germinativos foi reduzido pela biochanina A, quercetina e naringenina nas concentrações mais baixas. O crescimento micelial foi estimulado pela apigenina e hesperetina a 1 µM e inibido pela biochanina A, enquanto a ramificação do tubo germinativo foi favorecida pela naringenina e formononetina a 2 µM e inibida pela morina a 2 µM. Conclui-se que os flavonóides exercem efeitos diferenciados sobre G. gigantea.