Efeito da temperatura na dissipação de [14C]-atrazina em solo Brasileiro

Autores

  • Mara Mercedes de Andréa
  • Marcus Barifouse Matallo
  • Rúbia Yuri Tomita
  • Luiz Carlos Luchini

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1997.v32.4610

Palavras-chave:

dissipação, degradação química, resíduos, contaminação do solo

Resumo

A dissipação do herbicida 14C-atrazina do solo foi estudada por extrações com solventes, cromatografia em camada delgada e técnicas radiométricas. Os resultados apresentados mostram que ela foi diretamente proporcional aos aumentos de temperatura. Quanto maior a temperatura, menos resíduos extraíveis e mais resíduos ligados foram detectados. Ao final dos períodos de incubação, os extratos de solo mantidos a 10ºC e a 20ºC continham atrazina mas também seu derivado hidroxi, e a 30ºC e 40ºC, mais hidroxiatrazina do que atrazina. A energia de ativação de Arrhenius calculada foi muito alta (96 kJ. mol-1), provando a predominância de reações químicas que favoreceram a hidrólise. Análises exploratórias dos resíduos ligados ao solo detectaram mais de 90% como hidroxiatrazina, em todas as amostras de diferentes temperaturas. Os resultados sugerem que em solo com as características do aqui estudado e a temperaturas maiores que 20ºC, a atrazina não seria um contaminante livre porque a degradação química resultaria somente no metabólito não fitotóxico hidroxiatrazina, ou como resíduo disponível ou como resíduo ligado.

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Publicado

1997-01-01

Como Citar

Mercedes de Andréa, M., Barifouse Matallo, M., Yuri Tomita, R., & Luchini, L. C. (1997). Efeito da temperatura na dissipação de [14C]-atrazina em solo Brasileiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 32(1), 95–100. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1997.v32.4610

Edição

Seção

SOLOS