Três ciclos de seleção entre e dentro de famílias de meios-irmãos na população de milho BR 5011 no Nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1998.v33.4879Palavras-chave:
melhoramento, progênies, Zea mays, interação genótipos x ambientesResumo
Três ciclos de seleção entre e dentro de famílias de meios-irmãos foram praticados na população de milho (Zea mays L.) BR 5011, de 1985 a 1988, na zona semi-árida do Estado de Sergipe visando à obtenção de um material mais produtivo e adaptado às condições edafoclimáticas do Nordeste brasileiro. As progênies foram avaliadas em dois látices simples 10 x 10, com recombinação, das 10% superiores, dentro do mesmo ano agrícola. As estimativas da variância genética aditiva decresceram após três ciclos de seleção, registrando-se uma redução drástica do ciclo I para o II, provocada pelo estresse de umidade ocorrido em Poço Verde. A magnitude dessa variância no ciclo original foi superior em 94% ao valor mais alto relatado na literatura brasileira. As altas magnitudes dessa variância e dos coeficientes de herdabilidade e de variação genética, associadas às altas médias de produtividade das progênies, são indicadores do grande potencial desta população em um programa de melhoramento. O ganho médio esperado com a seleção entre e dentro de progênies, por ciclo de seleção, também expressa essa variabilidade, sendo de 12,76%/ano. A magnitude da interação progênies x locais evidenciou a importância de se avaliar em mais de um local, para melhorar a eficiência do processo seletivo e obter estimativas mais consistentes dos componentes de variância.