Efeito do despendoamento na produção de grãos, na tolerância à alta densidade populacional e ao déficit hídrico, em milho

Autores

  • Luis Sangoi
  • Ricardo Jonathan Salvador

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1998.v33.4887

Palavras-chave:

Zea mays, pendão, dominância apical

Resumo

O milho (Zea mays L.) é bastante susceptível à deficiência hídrica e densidades de semeadura elevadas na floração. Este comportamento se deve a sua organização floral monóica, na qual o desenvolvimento da inflorescência masculina (pendão) é favorecido sob condições de estresse, garantindo produção e dispersão de pólen, às custas do desenvolvimento da espiga e dos estigmas. Este trabalho foi conduzido em Ames, Iowa, E.U.A., durante os anos agrícolas de 1993 e 1994, com o objetivo de verificar virtuais benefícios da eliminação do pendão no tocante ao rendimento de grãos, à tolerância da cultura ao estresse hídrico e à tolerância a alta densidade da população das plantas. Quatro genótipos foram estudados por estação de crescimento. Cada genótipo foi avaliado nas densidades de 25.000 e 75.000 pl. ha-1, com pendões intactos, parcialmente ou totalmente removidos. A remoção parcial ou total do pendão não aumentou o rendimento de grãos e componentes de produção do milho, independentemente de cultivar ou densidade das plantas. O rendimento de grãos foi maior a 75.000 pl. ha-1 do que a 25.000 pl. ha-1, em ambos os anos. Nenhuma diferença em rendimento foi observada entre genótipos férteis e macho-estéreis. A ausência de estresse hídrico e o dano mecânico causado às folhas superiores durante a remoção do pendão diminuíram virtuais benefícios do despendoamento quanto ao rendimento de grãos.

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Publicado

1998-05-01

Como Citar

Sangoi, L., & Jonathan Salvador, R. (1998). Efeito do despendoamento na produção de grãos, na tolerância à alta densidade populacional e ao déficit hídrico, em milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 33(5), 677–684. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab1998.v33.4887

Edição

Seção

FITOTECNIA