Sistemas de cultivo, sucessões de culturas, densidade do solo e sobrevivência de patógenos de solo

Autores

  • Eliane Divina de Toledo-Souza Universidade Federal de Goiás
  • Pedro Marques da Silveira Embrapa Arroz e Feijão
  • Murillo Lobo Junior Embrapa Arroz e Feijão
  • Adalberto Corrêa Café Filho Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2008.v43.582

Palavras-chave:

Fusarium, Rhizoctonia, fungo de solo, plantio convencional, plantio direto, podridão radicular

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de sistemas de manejo do solo e de cultivos prévios ao plantio do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) sobre a densidade do solo e as populações de Rhizoctonia spp.
e de Fusarium spp. Os cultivos prévios incluíram as leguminosas: guandu-anão (Cajanus cajan), estilosantes (Stylosanthes guianensis cv. Mineirão) e crotalária (Crotalaria spectabilis); e as gramíneas: milheto
(Pennisetum glaucum cv. BN-2), sorgo granífero (Sorghum bicolor cv. BR 304), capim-mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça), braquiária (Brachiaria brizantha cv. Marandu) e milho (Zea mays) consorciado
com braquiária. As culturas utilizadas no cultivo prévio foram semeadas nos verões de 2002, 2003 e 2004, e os plantios de feijoeiro, cultivar BRS Valente, foram realizados nos invernos subseqüentes de 2003, 2004 e
2005, com irrigação por pivô central. Os restos culturais dos cultivos eram incorporados ao solo, no plantio convencional, e fi cavam à superfície, no plantio direto. De modo geral, as maiores populações de Fusarium spp. e Rhizoctonia spp. e as maiores densidades de solo foram encontradas no solo cultivado em plantio direto.
As maiores populações de Rhizoctonia spp. foram observadas em solos mais adensados. As leguminosas geralmente aumentaram populações desses patógenos e devem ser evitadas como culturas prévias ao cultivo
do feijoeiro, em ambos os sistemas de cultivo. Plantios prévios de gramíneas, em geral, são supressores das populações de Rhizoctonia spp. e de Fusarium spp. no solo.

Biografia do Autor

Eliane Divina de Toledo-Souza, Universidade Federal de Goiás

Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (1993), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (1999) e doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (2006). Atualmente é professora substituta da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: mofo branco, murcha-de-fusário, podridões radiculares, feijao, controle cultural.

Pedro Marques da Silveira, Embrapa Arroz e Feijão

possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1973) , mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1976) e doutorado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Viçosa (1986) . Atualmente é PESQUISADOR da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e Professor Convidado da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola , com ênfase em Engenharia de Água e Solo. Atuando principalmente nos seguintes temas: Aeracao do Solo, Drenagem, Drenagem Interna, Excesso de Agua, Feijao e Manejo da Irrigacao.

Murillo Lobo Junior, Embrapa Arroz e Feijão

possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (1990), mestrado em Fitossanidade (Fitopatologia) pela Universidade Federal de Lavras (1995) e doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília (1999). Atualmente é pesquisador A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitopatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: manejo integrado de doenças, controle de patógenos de solo e controle biológico.

Adalberto Corrêa Café Filho, Universidade de Brasília

Adalberto C. Café Filho concluiu o doutorado em Plant Pathology na Universidade da California, Davis em 1993. Atualmente é Prof. Associado da Universidade de Brasília, atuando na área de Epidemiologia Botânica. A linha de investigação principal enfatiza os efeitos das práticas agrícolas como moduladores ambientais, com contribuições principais nas interações da irrigação e as doenças de solo e de parte aérea, incluindo estudos de dispersão espacial e temporal de fitopatógenos. Até o momento orientou 6 teses de mestrado e 5 de doutorado e administrou diretamente vários projetos de pesquisa com financiamento de diversas agências de fomento. Já serviu como Sub-chefe (1995-97), Chefe do Departamento de Fitopatologia (1997-99 e 1999-01), membro do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão - CEPE (1999-01) e membro do Consuni, orgão máximo acadêmico da Universidade de Brasília (2000-01). Após estágio sabático na North Carolina State University (2001-2002), voltou a assumir responsabilidades na administração universitária, na qualidade de Coordenador do Curso de Pós-graduação em Fitopatologia (desde 2005) e novamente membro do CEPE (desde 2006). Em 2006, a tese de um de seus alunos de doutorado, Gil Rodrigues dos Santos, foi distingüida com Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese, Área de Ciências Agrárias. Adalberto Café Filho é bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq desde 1994, nível 1D.

Downloads

Publicado

2008-10-28

Como Citar

Toledo-Souza, E. D. de, Silveira, P. M. da, Junior, M. L., & Filho, A. C. C. (2008). Sistemas de cultivo, sucessões de culturas, densidade do solo e sobrevivência de patógenos de solo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 43(8), 971–978. https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2008.v43.582

Edição

Seção

FITOPATOLOGIA