Respostas morfológicas e fisiológicas de Brachiaria spp. ao alagamento do solo
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-3921.pab2000.v35.5982Palavras-chave:
Brachiaria brizantha, Brachiaria decumbens, Brachiaria humidicola, área foliar, clorofila, fotossíntese, biomassa, taxa de crescimentoResumo
As respostas morfológicas e fisiológicas de Brachiaria brizantha cv. Marandu, B. decumbens e B. humidicola foram comparadas em plantas cultivadas em vasos, sob solo alagado e bem drenado durante 14 dias. O alagamento reduziu a área foliar específica e a alocação de biomassa para as raízes em todas as três espécies e aumentou a senescência foliar em B. brizantha e B. decumbens. O alagamento reduziu a taxa de crescimento relativo em B. brizantha e B. decumbens, mas não em B. humidicola. A taxa de elongação foliar não foi afetada pelo alagamento em B. decumbens e B. humidicola, mas diminuiu em B. brizantha desde o primeiro dia de alagamento. A fotossíntese líquida e o conteúdo de clorofila foliar foram reduzidos pelo alagamento em B. brizantha; no entanto, nenhum efeito do alagamento pôde ser detectado nas outras espécies. Em todas as espécies, existiu uma estreita relação entre as taxas de fotossíntese líquida e a condutância estomatal. Esses resultados mostram que as espécies estudadas diferem quanto à tolerância ao alagamento. B. brizantha é intolerante, B. decumbens é moderadamente tolerante e B. humidicola é tolerante. Em virtude de a taxa de elongação foliar ter sido imediatamente afetada somente em B. brizantha, este parâmetro pode ser empregado como um mecanismo de detecção prematura da tolerância ao alagamento em Brachiaria spp.